Pacheco vai decidir sobre MP da reoneração antes do fim do recesso, diz número 2 de Haddad

Dario Durigan se reuniu hoje com presidente do Senado e líder do governo

Cristiane Noberto e Caroline Rosito, da CNN, Brasília
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O secretário executivo e ministro da Fazenda em exercício, Dario Durigan, afirmou que o presidente do Congresso nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai tomar a decisão sobre a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamento a 17 setores da economia antes do fim do recesso parlamentar.

Durigan se reuniu na manhã desta quarta-feira (10) com Pacheco e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) na residência oficial do Senado para tratar do tema.

"Essa é uma decisão (devolver ou não a MP) caber ao presidente do Senado) e o que a gente tem feito é dado subsídios técnicos, explicado s mostrado os números para que esse acordo de base, essa premissa de manutenção do equilíbrio das contas públicas, toda agenda do ano passado ela foi desenvolvida com apoio do Congresso com equilíbrio entre despesas e receitas.

Pacheco é quem definiu o prazo, e diz que deve definir isso dentro do recesso", disse, acrescentando que o presidente do Congresso irá se reunir com o ministro Fernando Haddad na próxima semana.

De acordo com Jaques Wagner o encontro entre os dois ficou definido para a próxima segunda-feira (15), mas sem horário marcado.

O senador ainda destacou que, mesmo que alguns senadores sejam contra a MP e peçam a devolução do texto, o governo não trabalha com essa hipótese e, na avaliação dele, não parece ser a posição de Rodrigo Pacheco.

Mesmo assim, não descartou a hipótese de mudar o texto para que haja consenso.

“Pode ser essa forma da MP apresentada, pode ser uma forma de outra MP, eu não acho nunca que é andar para trás quando a gente, na democracia, tenta se aproximar, é andar para frente. As pessoas fazem aquilo que acham correto, para mim não tem sobressalto”, disse a jornalistas na porta da residência oficial do Senado.

“Ainda não tenho o final das discussões, tudo isso está na mesa. Você pode deixar, tirar, editar uma nova, fazer PL, alguma coisa ser judicializada, estamos analisando cada coisa. Não temos ainda a escolha porque não é uma escolha minha”, continuou.

Para o líder do governo no Senado, o Executivo está em processo de entender as dificuldades com o parlamento e vice-versa, mas existe uma responsabilidade mútua entre os dois atores para avançar com o texto até a volta do recesso parlamentar, em 1º de fevereiro.

“Essa reação é natural, quem votou e quem derrubou o veto, daqui a pouco você começa a conversar, explica seus motivos, a questão do déficit zero, de juros de inflação. Essas coisas não nascem do nada. Essas coisas não são de graça. Todo mundo é corresponsável”, disse.

 

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