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    Parceria com a Vale deve garantir longevidade a aumento de produção à Anglo American, diz CEO à CNN

    Vale vai aportar reserva e pagar US$ 157 milhões; em troca, terá 15% de participação no capital da Anglo American Minério de Ferro Brasil

    Da CNN* , São Paulo

    A CEO da Anglo American no Brasil, Ana Sanches, afirmou em entrevista à CNN que o recente acordo com a Vale deve garantir à companhia “muitos e muitos anos” de operação e tem potencial para elevar sua capacidade de produção de minério de ferro.

    Nos termos acordados, a Vale vai aportar suas reservas de minério na Serra da Serpentina, em Conceição do Mato Dentro (MG), além de pagar US$ 157,5 milhões. Em troca, passa a ter 15% de participação no capital da Anglo American Minério de Ferro Brasil, empresa que detêm o complexo Minas-Rio.

    “O acordo nos dá expectativa de continuar por muitos e muitos anos a produção do nosso minério, de alto teor, além da possibilidade de expandir nossa capacidade de produção atual”

    Ana Sanches, CEO da Anglo American no Brasil

    O aumento da capacidade de produção, segundo Sanches, será avaliado por estudos de viabilidade que terão início em breve. Antes, porém, é necessário aguardar a confirmação do acordo por órgãos reguladores, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Mineração (ANM).

    Ana Sanches, CEO da Anglo American / Jana Vieras

    “Sendo aprovado, vamos iniciar estudos de viabilidade, em busca de possibilidades para integrar estes recursos, analisando o que pode ser feito em capacidade de produção, claro, sempre respeitando a legislação e os impactos socioambientais. A ideia é explorar todas as possibilidades de sinergia de infraestrutura e de logística”, disse.

    De acordo com a executiva, além de beneficiar ambas as empresas, o acordo é positivo em termos socioambientais, visto que a Anglo American conta com know how na região e vem amadurecendo há anos suas relações com as comunidades locais.

    A executiva ainda destaca o aspecto friável (que é menos duro) da reserva aportada pela Vale ao defender os potenciais do acordo em termos de produção. Para Sanches, vencidas as próximas etapas do trâmite, a parceria deve se traduzir em impactos positivos à economia do estado de Minas Gerais e de todo o setor de mineração.

    O valor pago pela Vale estará sujeito a ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro, na data de fechamento. Se a média do preço de referência do minério de ferro​ permanecer acima de US$ 100/t ou abaixo de US$ 80/t por quatro anos, um ajuste no valor de pagamento será realizado para a Anglo American ou Vale, respectivamente.

    Após a conclusão da transação, a Vale receberá sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio. Adicionalmente, a Vale também deterá uma opção de compra de uma participação adicional de 15% na operação ampliada de Minas-Rio, mediante desembolso de caixa.

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