Preço do aluguel em SP e no RJ chega ao maior patamar desde início da pandemia
No entanto, o valor médio ainda está 7,8% abaixo do registrado em março de 2020
O preço médio do aluguel do metro quadrado em São Paulo aumentou 1,55% em novembro em relação aos valores de outubro, segundo o Índice QuintoAndar de Aluguel divulgado nesta sexta-feira (3). No Rio de Janeiro, o aumento foi maior com uma variação mensal de 2,13%. Ambos os valores chegaram ao maior patamar desde o início da pandemia.
O aluguel em São Paulo, de acordo com o levantamento, ainda vem recuperando as perdas registradas durante a pandemia. Foi o quinto mês consecutivo de alta. Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 1,58%. No entanto, o valor médio ainda está 7,8% abaixo do registrado em março de 2020.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o resultado elimina as perdas registradas no período mais drástico da pandemia da Covid-19, chegando a R$ 30,67, o metro quadrado.
O Índice do QuintoAndar aponta ainda como destaque a diferença entre o preço médio do valor dos anúncios e dos contratos efetivamente fechados, que perde força pela primeira vez após quatro meses de alta. Com 13,56% na variação entre contrato e anúncio, o valor representa 2 pontos percentuais a menos em relação a outubro.
No Rio de Janeiro o cenário se repete, com a menor diferença dos últimos quatro meses: 13,28% de variação, o equivalente a 1,75 ponto percentual a menos. “Isso acontece pois os preços de anúncios estão estáveis no Rio de Janeiro e voltaram a cair em São Paulo”, explica a economista do QuintoAndar, Monise Faria.
Em São Paulo, bairros como a Vila Olímpia, Pinheiros — considerados polos comerciais na cidade paulista — ainda estão distantes da recuperação. Por outro lado, regiões como Tatuapé e Mooca já apresentam retomada do preço médio do metro quadrado.
Entre os destaques, o bairro Vila Formosa teve 19,7% de valorização nos últimos seis meses, sendo que, somente de outubro para novembro, a alta foi de 2,7%, totalizando o preço médio na região em R$ 24,53 por metro quadrado.
Dois bairros seguem a lista de variações positivas: Belém e Ipiranga, que valorizaram 18,7% e 16,8% no último semestre, respectivamente. Já como os mais desvalorizados no último semestre, estão Bom Retiro (-11,8%), Vila Carrão (-8,1%) e Vila Clementino (-8%).
No Rio de Janeiro, nos últimos seis meses, a maior alta foi vista nos bairros Barra da Tijuca, Leblon e Jardim. O Lagoa, Ipanema e Vila Isabel tiveram a maior retração, segundo o QuintoAndar.
Para chegar a esse resultado, o QuintoAndar considerou “os preços efetivamente usados em contratos fechados, mais precisos que os valores de aluguel”, além de mostrar a distância entre as médias de preços dos anúncios e os que são realmente utilizados nos aluguéis.