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Queremos ampliar comércio com os EUA, diz Alckmin após nova carta de Trump

Dentro do governo, vice-presidente é um dos principais responsáveis pela elaboração da resposta brasileira à tarifa de Trump

Gabriel Garcia, da CNN, em Brasília
Geraldo Alckmin
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB)  • 17/09/2018 - REUTERS/Adriano Machado
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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta quinta-feira (17), que o Brasil quer ampliar a relação comercial com os Estados Unidos.

"No comércio se busca solução, nós queremos até ampliar o comércio. Podemos ter a meta de ampliação ainda mais ambiciosa do comércio Brasil-Estados Unidos", disse.

As declarações de Alckmin acontecem poucos minutos após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgar uma carta endereçada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o aliado é alvo de "ataques" de um "sistema injusto".

Alckmin, ao comentar a carta, afirmou que não há relação entre o poder Judiciário e as tarifas.

“Não pode interferir no outro poder. Isso no Brasil, nos EUA e em todos os países democráticos”, disse.

Alckmin também afirmou que o governo aguarda a resposta de Trump sobre a carta enviada pelo Brasil na última quarta-feira (16). No documento, o Brasil manifesta “indignação” com as tarifas e pede diálogo.

A correspondência foi endereçada ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer.

Dentro do governo, o vice-presidente é um dos principais responsáveis pela elaboração da resposta brasileira à tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros. Ele comanda o comitê interministerial criado pelo governo federal para debater o assunto.

Desde terça-feira (15), Alckmin tem se reunido com representantes do setor produtivo nacional para dialogar. O governo também teve reuniões com empresas norte-americanas para tratar das tarifas.

O vice-presidente argumenta que, antes de o governo tomar qualquer decisão, é fundamental ouvir o setor privado, que mantém interlocução direta com o mercado norte-americano.

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