Tá calor? Veja dicas de como escolher um ar-condicionado
Com as ondas de calor cada vez mais intensas, ar-condicionado se torna um item ainda mais desejado pelos brasileiros
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de nível laranja (perigo) para uma onda de calor que deve atingir o Brasil até o dia 22 de setembro.
Os locais mais afetados devem ser:
- Mato Grosso do Sul,
- São Paulo,
- Mato Grosso,
- norte do Paraná,
- oeste de Goiás,
- sudoeste de Tocantins
- e a região do Triângulo Mineiro.
É possível ver uma lista completa dos municípios inclusos no aviso de onda de calor aqui.
Com as ondas de calor cada vez mais intensas, o ar-condicionado se torna um item ainda mais desejado pelos brasileiros.
No entanto, é preciso atenção na hora de escolher um produto deste tipo, tendo em vista as diversas opções disponíveis no mercado.
Pensando nisso, a CNN conversou com especialistas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que passaram as melhores dicas para a hora de comprar um novo ar-condicionado.
1. Produto adequado para o ambiente
Primeiro, o pesquisador do Inmetro, Felipe Tlago, recomenda que o consumidor procure o ar-condicionado mais adequado para o espaço em que deseja instalá-lo.
No caso de um quarto ou uma sala, por exemplo, a pessoa deve comprar o equipamento de acordo com o metro quadrado da sua residência.
“Se é um quarto, você pode optar por um [ar-condicionado] de 9 mil a 12 mil BTUs”, afirma o especialista.
Ou seja, dependendo do ambiente, procure pelo ar-condicionado que entregue a potência desejável para conseguir gelar o local.
2. Fique de olho na eficiência energética
Após escolher o local onde deseja colocar o aparelho, a pesquisadora do programa de energia do Idec, Priscila Arruda, recomenda que, na hora de comprar o produto, o consumidor verifique a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), que mede a eficiência energética.
Atualmente, o consumidor encontra dois tipos desta etiqueta, visto que recentemente houve uma revisão nos níveis de eficiência energética desses equipamentos com uma mudança na métrica e no método de testagem, alerta a especialista.
Arruda orienta que as pessoas deem preferência para os modelos com as etiquetas novas, que são as que possuem a classificação de “A” a “F”, sendo que a antiga possui a classificação apenas até a letra “D”.
“A etiqueta nova ainda traz as informações sobre o consumo anual de energia, enquanto a antiga traz a informação sobre o consumo mensal”, explica.
“Além disso, ela indica o quão eficiente é o equipamento, capturando melhor o funcionamento”, completa.
Outra etiqueta que o consumidor deve ficar atento é o selo Procel, uma etiqueta vermelha que indica os equipamentos que são mais eficientes daquela categoria de produtos.
3. Optar pela tecnologia Inverter
Além de ficar de olho na etiqueta de eficiência energética, Tlago, do Inmetro, também destaca a importância de optar pelos aparelhos que possuam a chamada tecnologia Inverter, que é uma medida mais eficiente que os modelos antigos de ar-condicionado.
“A tecnologia Inverter é mais eficiente, então ela costuma equipar os eletrodomésticos tendo um motor mais eficiente e, com isso, economizando até 40% de energia. Ele faz com que o motor fique programado em uma ação continua e não faz com que fique naquela variação conforme os motores antigos de ar-condicionado”.
Atualmente, existe diversas marcar no mercado com essa tecnologia e a etiqueta do ENCE já traz na classificação energética quais são os aparelhos mais econômicos.
“Pela etiqueta você vai poder ver o grupo separado por quantidade de BTU. Então tem um grupo de 9.000 BTUs, por exemplo, que já tem a faixa classificada em ‘A’ e quanto que ele gasta mais ou menos por mês”.
Com isso, a etiqueta pode servir de auxílio para o consumidor e facilitar na hora de escolher o produto.
Atenção com a Black Friday
A Black Friday 2023, que acontece no dia 24 de novembro, pode ser uma ótima oportunidade para investir na compra de um bom ar-condicionado com um preço mais em conta.
No entanto Arruda, do Indec, destaca que muitas pessoas podem ser enganadas por promoções ou negócios que nem sempre acabam valendo tanto a pena.
Por isso, segundo a especialista, é importante sempre estar atento e fazer um estudo de preços do produto que você deseja comprar para não ser enganado.
“A Black Friday nem sempre coloca realmente o produto em promoção, então uma dica para o consumidor é que ele monitore o preço dos equipamentos durante esse período que ele pensa em comprar um produto”, informa a especialista.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa