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    Vale e gigante do aço China Baowu vão investir em projeto de níquel na Indonésia

    A Vale terá uma fatia de 49% do projeto, que deve produzir 73 mil toneladas de NPI por ano por meio de oito fornos elétricos rotativos

    Reuters

     

    O China Baowu Group, maior produtor de aço do mundo, anunciou nesta quinta-feira que unirá forças com a mineradora brasileira Vale e com a Shandong Xinhai Technology para produzir níquel “pig iron” (NPI), matéria-prima do aço inoxidável, na Indonésia.

    A Taigang Iron and Steel, subsidiária do grupo Baowu e segunda maior produtora de aço inoxidável da China, assinou um acordo com a PT Vale Indonésia (PTVI) e com a Xinhai –produtora de NPI– para a operação conjunta da unidade de processamento de níquel de Bahodopi, localizada em Morowali, na ilha de Sulawesi, disse a empresa em comunicado.

     

    A Vale terá uma fatia de 49% do projeto, que deve produzir 73 mil toneladas de NPI por ano por meio de oito fornos elétricos rotativos (RKEFs, na sigla em inglês), enquanto Baowu e Xinhai dividirão os demais 51%.

    A Indonésia, maior produtora de minério de níquel do mundo, já atraiu bilhões de dólares em investimentos chineses para o setor. No início de 2020, o país proibiu exportações do mineral, visando aumentar o processamento de matérias-primas a nível doméstico e desenvolver a indústria “downstream”.

    O NPI ainda pode ser exportado, mas a Indonésia está avaliando um plano para restringir a construção de fundições do mineral, com o objetivo de otimizar o uso de suas reservas para produtos de maior valor agregado, disse uma autoridade local nesta quinta-feira.

    A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro e níquel do mundo, atua na Indonésia desde 1968 por meio da PTVI, que extrai minério de níquel e fabrica mate de níquel, um produto intermediário.

    O projeto de Bahodopi utilizará eletricidade proveniente de usinas movidas a gás natural para o processo de fundição, disse o grupo Baowu, acrescentando que, como resultado, as emissões de carbono serão reduzidas em 60%.

    “Agradecemos que nossos parceiros tenham se juntado a nós em nossa agenda de baixo carbono, concordando em mudar do carvão para a energia proveniente do gás”, disse a presidente-executiva da PTVI, Febriany Eddy, em comunicado publicado pela Vale.

    As três empresas concordaram que todos os requisitos técnicos e financeiros necessários para que uma decisão final de investimento seja tomada deverão ser concluídos dentro de seis meses, acrescentou a nota da Vale.

    Nenhuma das notas apresentou os valores envolvidos no projeto.

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