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    Vamos discutir meta de inflação de 2026 e a meta contínua, diz Haddad sobre reunião

    Em encontro nesta quinta-feira (29), conselho econômico do governo deve debater se mantém obrigatoriedade de meta da taxa como anual ou se deve ter calendário mais flexível

    Juliana Eliasda CNN , Em São Paulo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou na noite desta quarta-feira (28) que a proposta para mudar o horizonte das metas de inflação adotadas pelo Brasil será levada à pauta e debatida na reunião desta quinta-feira (29) do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos principais nomes da equipe econômica do governo.

    Haddad não confirmou se a mudança, que precisa ser debatida e aprovada pelos três membros do CMN durante a reunião, será adotada. “É isso que vamos discutir amanhã”, disse ao falar com jornalistas em Brasília.

    O ministro também destacou que deverá fazer parte da pauta da reunião do CMN a decisão de qual será a meta de inflação para 2026.

    “Pela pauta, o CMN irá discutir a meta de 2026, é disso que estamos tratando”, disse. “E de outras questões como essa que estou colocando, se é o caso ou não de tomar essa decisão sobre padronizar em relação ao resto do mundo o programa de metas para inflação do Brasil, que é sui generis”.

    O Brasil usa a chama meta calendário, ou seja, o Banco Central deve perseguir uma meta de inflação fechada ao fim de cada ano.

    Haddad já vem defendendo, há algum tempo, que o país migre para o modelo de meta contínua, usado pela maioria dos países, em que esse horizonte de cumprimento da inflação é mais flexível e também mais longo, de 12 a 18 meses à frente.

    Atualmente, a meta de inflação do Brasil é de 3,25% para 2023 e de 3% para 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1,5 para mais ou para menos.

    É papel do CMN decidir essas metas, que são definidas, tradicionalmente, nesta reunião de junho, sempre para três anos à frente: ou seja, nesta quinta-feira, eles deveriam definir a meta de 2026.

    O CMN tem reuniões mensais e é formado pelo ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento e o presidente do Banco Central, cargos ocupados, atualmente, por Haddad, Simone Tebet e Roberto Campos Neto, respectivamente.

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