Veja quais são as cidades mais caras do mundo para morar em 2023

Custo de vida aumentou 7,4% neste ano — abaixo do observado no ano passado, mas ainda acima da tendência histórica, mostra levantamento

Tamara Hardingham-Gill, da CNN
Hong Kong, o único outro lugar asiático entre os dez primeiros, ficou em quinto lugar  • Yiu Yu Hoi/Getty Images
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Em uma notícia que não surpreenderá ninguém que esteja se sentindo apertado, a crise global do custo de vida está longe de terminar. E os moradores de grandes cidades podem realmente sofrer o impacto.

Segundo o índice de Custo de Vida Mundial, publicado na Economist Intelligence Unit (EIU), o custo médio de vida aumentou 7,4% neste ano. Os preços dos produtos de supermercado aumentaram mais rápido.

Embora isso seja um pouco menor do que o salto de 8,1% registrado pela mesma pesquisa em 2022, os números continuam significativamente mais altos do que as "tendências históricas".

Mas há algumas boas notícias. Os preços de serviços públicos, a categoria de aumento mais rápido na pesquisa do ano passado, apresentou a menor inflação desta vez.

As 10 cidades mais caras do mundo em 2023

  • Zurique e Cingapura
  • Nova York e Genebra
  • Hong Kong
  • Los Angeles
  • Paris
  • Tel Aviv e Copenhagen
  • São Francisco

Mudanças no ranking

A cidade-estado de Cingapura e a cidade suíça de Zurique foram nomeadas como as cidades mais caras do mundo.

A ascensão desta última, que saltou do sexto lugar na lista do ano passado, foi atribuída à força do franco suíço, juntamente com os altos preços de mantimentos, artigos domésticos e recreação. O transporte e as roupas caras de Cingapura também foram mencionados.

Embora Nova York tenha empatado com Cingapura no primeiro lugar no ano passado, o popular destino dos EUA, onde os preços aumentaram 1,9% de acordo com o estudo, caiu para o terceiro lugar, empatando com Genebra, também Suíça.

Hong Kong ficou em quinto lugar, enquanto Los Angeles ficou em sexto, e Paris foi considerada a sétima cidade mais cara do mundo.

Tel Aviv, em Israel, divide o oitavo lugar com Copenhague, na Dinamarca. No entanto, vale a pena observar que a pesquisa foi realizada antes do início do conflito entre Israel e Hamas, em outubro.

Por fim, São Francisco, uma das três cidades americanas entre as mais caras, ficou em 10º lugar.

Projeções da inflação

Os aumentos de preços estão diminuindo de ritmo devido à redução dos problemas da cadeia de suprimentos desde que a China suspendeu suas restrições à Covid-19, no final de 2022.

No entanto, os preços dos alimentos continuam a subir à medida que os varejistas repassam os custos mais altos aos consumidores.

"Esperamos que a inflação continue a desacelerar em 2024, uma vez que o impacto defasado dos aumentos das taxas de juros começa a afetar a atividade econômica e, por sua vez, a demanda do consumidor", disse Upasana Dutt, chefe de custo de vida mundial da EIU, em comunicado.

Dutt alertou ainda que os riscos de alta de conflitos armados e condições climáticas extremas permanecem.

"Uma nova escalada da guerra entre Israel e Hamas elevaria os preços da energia, enquanto um impacto maior do que o esperado do El Niño aumentaria ainda mais os preços dos alimentos", acrescentou.

Inevitavelmente, o aumento do custo de vida fez com que muitas cidades se tornassem mais caras para se viver, mas algumas são mais afetadas do que outras.

Mudanças e agitações

Mais abaixo na lista, as cidades russas de Moscou e São Petersburgo tiveram algumas das quedas mais acentuadas. A capital russa caiu 105 posições, para o número 142 na lista, enquanto a segunda perdeu 74 posições, para a colocação 147.

O valor do rublo caiu consideravelmente desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

A pesquisa disse que a lenta recuperação pós-pandemia e a "demanda moderada do consumidor" estavam entre os fatores que levaram cidades chinesas como Pequim, que ficou em 34º lugar no ano passado, a cair várias posições na lista.

Damasco, na Síria, continua sendo a cidade mais barata do mundo. Teerã, no Irã, e Trípoli, na Líbia, também estão perto do fundo do poço, ocupando o 172º e o 171º lugar, respectivamente.

Os custos com serviços públicos, ajuda doméstica e tabaco foram mais altos nas cidades dos EUA, enquanto as cidades da Europa Ocidental foram algumas das mais caras no que se refere a recreação, transporte e artigos domésticos.

Os mantimentos e o álcool foram os mais caros nas cidades asiáticas, de acordo com a pesquisa.

O Custo de Vida Mundial 2023 pesquisou 173 grandes cidades, comparando mais de 400 preços individuais em 200 produtos e serviços. Ela excluiu Caracas, na Venezuela, onde os preços aumentaram 450% desde 2022.

Veja também: Prévia da inflação sobe 0,33% em novembro

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