Witzel visita Maia e pede ajuda para manter RJ em regime de recuperação fiscal

Governador do Rio de Janeiro participa de um almoço com o presidente da Câmara dos Deputados em Brasília

Basília Rodrigues e Leandro Resende, da CNN
O governador do Rio, Wilson Witzel, em evento
O governador do Rio, Wilson Witzel, foi a Brasília para encontro com Rodrigo Maia  • Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, participa nesta terça-feira (18) de um almoço com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em busca de apoio para evitar a saída do Rio de Janeiro do regime de recuperação fiscal.  A CNN apurou que o governador, que enfrenta processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio, também aproveitou a viagem para conversar com os advogados que o representam no Supremo Tribunal Federal (STF).

O acordo assinado em 2017 prevê que o estado, em grave crise financeira, deixe de pagar suas dívidas com a União. No dia 4 de setembro, vence o prazo para renovação da medida: o governo do Rio entende que se trata de algo automático, enquanto o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, ligado ao Ministério da Economia, afirma ser necessária a elaboração de um novo plano de ajuste de contas. O impasse pode levar o Rio a ter que pagar uma dívida bilionária com a União e afetar ainda mais a situação dos cofres do estado - já combalidos em virtude dos impactos da pandemia do coronavírus e da redução dos royalties do petróleo.

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Interlocutores do governo do Rio creem que o apoio de Maia é fundamental para que se encontre uma solução para o impasse por dois fatores: foi ele quem, como presidente em exercício, assinou o regime de recuperação fiscal representando a Presidência da República e porque há, no Congresso, uma discussão sobre um novo modelo de recuperação fiscal que interessa a outros estados em grave crise financeira como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.

Em Brasília, Witzel também aproveitou para conversar também com sua equipe de advogados que acompanha o desdobramento de um pedido ao Supremo Tribunal Federal que atrasa o processo de impeachment. A defesa questiona a composição da comissão responsável por julgar Witzel na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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