Bolsas dos EUA fecham sem direção única, com Fed e dados fracos de China e EUA

Dow Jones fechou em alta de 0,08%, aos 32.223,42 pontos, o S&P 500 recuou 0,39%, aos 4.008,01 pontos, e o Nasdaq terminou o dia com queda de 1,20%, aos 11.662,79 pontos.

Gabriel Caldeira, do Estadão Conteúdo
Placa de rua de Wall St. vista do lado de fora da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), EUA, 17 de dezembro de 2019. REUTERS/Brendan McDermid
Placa de rua de Wall St.  • Brendan McDermid/Reuters
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As bolsas de Nova York encerraram o pregão de nesta segunda-feira, 16, sem direção única, mas com viés negativo. Dos três principais índices acionários de Wall Street, dois terminaram o dia em baixa, com o Dow Jones no azul apoiado por ações de petroleiras, que tiveram altas fortes ao acompanharem o preço do óleo no mercado futuro. Novos comentários do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em defesa do aperto monetário nos EUA e dados fraco das duas maiores potências globais pressionaram os papéis ao longo do dia.

O Dow Jones fechou em alta de 0,08%, aos 32.223,42 pontos, o S&P 500 recuou 0,39%, aos 4.008,01 pontos, e o Nasdaq terminou o dia com queda de 1,20%, aos 11.662,79 pontos.

Em evento nesta segunda-feira, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, voltou a defender um aperto monetário ágil nos EUA para combater a forte inflação local, "problema número um" do BC americano neste momento.

O prospecto de condições financeiras menos relaxadas segue prejudicando ações de companhias de alta tecnologia, sensíveis à trajetória dos juros. Entre as principais baixas no setor nesta segunda-feira, Tesla (-5,88%) e Amazon (-1,99%) se destacaram.

Já as ações do Twitter despencaram 8,18%, em meio ao conturbado processo de aquisição da companhia pelo CEO da Tesla, Elon Musk. Mais cedo, o bilionário respondeu com sarcasmo a postagens do atual CEO da rede social, Parag Agrawal, sobre a presença de contas robotizadas na plataforma. O tema foi motivo para Musk afirmar, na semana passada, que deixou a compra do Twitter "em suspenso".

Em cenário mais amplo, o pregão desta segunda-feira foi novamente de apetite por risco contido em Wall Street, após dados industriais e de varejo da China decepcionarem em baixa, assim como o índice de atividade industrial Empire State de maio nos EUA. Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, os indicadores reforçaram "riscos de estagflação e uma recessão muito mais cedo" que o esperado.

Apesar da "severa surpresa" no dado americano, a Oxford Economics diz que ele não é tão crucial, enquanto os indicadores chineses indicam que os problemas na cadeia produtiva do país podem se estender até o mês que vem, à medida que a China relaxa suas medidas de restrição contra a covid-19.

Na contramão da maior parte do mercado acionário americano, ações de petroleiras subiram fortemente nesta segunda-feira em meio à forte alta do barril de petróleo no mercado futuro. Duas das principais empresas americanas do ramo, Chevron e ExxonMobil subiram 3,09% e 2,44%, respectivamente.

 

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