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"Índice do medo" avança quase 20% e alcança maior patamar do ano

Aversão ao risco domina mercados globais após presidente norte-americano Donald Trump não descartar cenário recessivo

Fabrício Julião, da CNN, em São Paulo
Placa de Wall Street perto da Bolsa de Nova York
Placa de Wall Street perto da Bolsa de Nova York  • 28/10/2013. REUTERS/Carlo Allegri/File Photo/File Photo
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O Vix, também conhecido como "índice do medo", subiu quase 20% nesta segunda-feira (10) e foi ao maior patamar desde agosto do ano passado, refletindo os temores do mercado em relação a uma possível recessão nos Estados Unidos.

Por volta das 17h (horário de Brasília) o indicador subia cerca de 19,8%, aos 28 pontos.

O Vix é um dos principais indicadores do mercado usado para medir a volatilidade. Ele é calculado pela Bolsa de Valores de Chicago e mede as oscilações nos preços dos contratos de opções negociados no S&P 500, índice de referência no mercado de ações dos EUA.

A lógica é simples: quando há maior aversão ao risco, o Vix sobe, em reflexo do "medo" dos investidores diante das incertezas. Quando há boa parcela de apetite ao risco na praça, com alta nas bolsas, o Vix tende a operar em baixa.

O presidente Donald Trump não descartou a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, em meio à implementação de suas políticas econômicas. Questionado no programa “Sunday Morning Futures”, da Fox News, sobre a previsão uma retração da atividade econômica americana, o republicano se esquivou da pergunta.

“Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é uma grande coisa. E sempre há períodos de — leva um pouco de tempo. Leva um pouco de tempo, mas acho que deve ser ótimo para nós”, disse, na entrevista que foi exibida no domingo (9).

Trump também minimizou a recente reviravolta no mercado de ações, decorrente da imposição e ajuste de tarifas, e defendeu a sua estratégia.

 

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