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Petróleo fecha estável com mercado considerando mudanças de tarifas dos EUA

Agência Internacional de Energia seguiu hoje com sua projeção de que a demanda global de petróleo em 2025 crescerá na taxa mais lenta dos últimos cinco anos

Scott DiSavino, da Reuters
Bomba de petróleo na Califórnia, EUA
Bomba de petróleo na Califórnia, EUA  • Reuters
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Os preços do petróleo fecharam quase estáveis nesta terça-feira (15), enquanto os investidores digeriam as últimas notícias sobre as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e tentavam calcular o quanto a guerra comercial entre os EUA e a China poderia reduzir o crescimento econômico global e a demanda por petróleo.

Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 0,3%, fechando a US$64,67 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu 0,3%, fechando a US$61,33.

As políticas comerciais dos EUA criaram incertezas para os mercados globais de petróleo e levaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo a reduzir sua perspectiva de demanda na segunda-feira.

A Agência Internacional de Energia seguiu nesta terça com sua projeção de que a demanda global de petróleo em 2025 crescerá na taxa mais lenta dos últimos cinco anos, devido às preocupações com o crescimento econômico decorrente das tarifas comerciais de Trump.

Essa incerteza tarifária fez com que vários bancos, incluindo UBS, BNP Paribas e HSBC, reduzissem suas previsões para preços do petróleo.

"Se a guerra comercial se intensificar ainda mais, nosso cenário de risco negativo - ou seja, uma recessão mais profunda nos EUA e um pouso forçado na China - poderá fazer com que o Brent seja negociado a US$40-60 (por barril) nos próximos meses", disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.

As preocupações com as tarifas de Trump, juntamente com o aumento da oferta pela Opep+, um grupo que inclui a Opep e aliados produtores, como a Rússia, já fizeram com que os preços do petróleo caíssem cerca de 13% até o momento neste mês.

*Reportagem de Scott DiSavino em Nova York e Shadia Nasralla em Londres; reportagem adicional de Colleen Howe em Pequim, Emily Chow em Cingapura

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