Mercados monitoram crise de combustíveis e dados de emprego no Brasil
Morning Call, com Priscila Yazbek, destaca o de mais importante na economia mundial e nacional nesta quinta-feira
Investidores começam a quinta-feira (30) monitorando a crise de combustíveis e os dados de emprego no Brasil.
No exterior, os Estados Unidos precisam aprovar hoje a extensão do Orçamento ou correm risco de paralisação dos serviços federais, o shutdown, já que o ano fiscal termina à meia-noite. A expectativa é que a extensão seja aprovada, mas a solução é provisória, já que o impasse sobre o teto da dívida deve continuar.
Na quarta-feira (29), Janet Yellen, secretária do Tesouro, disse que, sem a elevação do teto da dívida, os EUA terão o primeiro default da história, o que poderia trazer colapso financeiro e recessão no país.
Mercados acompanham de perto o impasse, que o Goldman Sachs descreveu como "o prazo-limite de dívida mais arriscado em uma década".
Na China, aos poucos a situação da Evergrande parece estar se resolvendo. A megaincorporadora anunciou que pagou parte dos títulos que venceram na semana passada.
Também saiu o PMI da indústria chinesa, que mostrou em setembro a primeira retração desde fevereiro de 2020, influenciada pela crise de energia. Por outro lado, o PMI de serviços avançou.
O mercado nacional segue de olho na Petrobras, que aprovou programa social que vai destinar R$ 300 milhões para famílias de baixa renda comprarem itens essenciais, entre eles, gás de cozinha.
Analistas acham que a medida é populista, mas não deve mexer com as ações porque de certa forma pode diminuir a pressão sobre mudança na política de preços, que seria o pior cenário do ponto de vista dos investidores.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que recria o vale-gás para subsidiar o botijão vendido a famílias de baixa renda. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, disse que está em discussão a criação de um fundo de estabilização dos combustíveis, sem mexer na política de preços da Petrobras, o que aliviou investidores.
Em entrevista ao Valor, Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disseram que o Congresso quer concluir neste ano a reforma tributária, seja para aprovar ou descartar as propostas em discussão.
(Publicado por Ligia Tuon)