Fusões e aquisições batem recorde no Brasil no 1º semestre, mostra estudo
Número registrado até junho deste ano representa mais que o dobro das transações registradas em 2019
Levantamento realizado pela PwC Brasil mostra que o número de Fusões e Aquisições (M&A, na sigla em inglês) bateu recorde no Brasil no primeiro semestre. Nos seis primeiros meses de 2022 foram 807 transações contra 706 negócios feitos em 2021 – ano em que houve recorde histórico de M&A, totalizando 1.659 transações.
O número de operações registrado até junho deste ano representa mais que o dobro das transações registradas em 2019 (390 operações), período de pré-pandemia.
O setor de tecnologia lidera as operações, contabilizando 360 transações (45,72% do volume total). Já em 2021, o segmento foi responsável por 744 transações (44,85% do volume total).
Outros setores aquecidos mencionados pela pesquisa: agronegócio, alimentos & bebidas, instituições financeiras, educação. No total, até o mês de junho deste ano, foram 284 negócios (35,19%), contra 627 em 2021 (que representou 37,79%).
Na avaliação do estudo, as operações de M&A são atrativas pelas seguintes razões:
Na perspectiva do vendedor
- Viabilizar projetos de expansão;
- Acelerar crescimento;
- Alternativa para captar recursos;
- Realizar investimentos dos sócios;
- Falta de sucessão;
- Dificuldades financeiras;
- Disputas societárias.
Já na perspectiva do investidor
- Alternativa de investimento;
- Acelerar o crescimento;
- Eliminar concorrente;
- Incorporar novas tecnologias;
- Aumentar portfólio de produtos e serviços;
- Entrar em novos mercados;
- Ganhar em sinergia.
Como oportunidades, a PwC cita a disponibilidade de liquidez no mercado, tanto de fundos de investimento quanto de empresas com fluxo de caixa robusto; o M&A como estratégia para aumento de capacidade das empresas, mesmo em tempos difíceis e a perspectiva de retomada de múltiplos, que aumenta o interesse de venda.
Os desafios são, principalmente, o aumento da inflação globalmente e redução de margens operacionais, o aumento das taxas de juros dos países, elevando o custo de capital e o aumento de dificuldades de supply chain (lockdowns na China, guerra na Ucrânia e tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China).