Sabesp mantém interesse em ampliação de base em SP
Companhia atende cerca de 380 cidades no estado
A Sabesp tem interesse em olhar qualquer oportunidade que ocorra para ampliação de sua base de atendimento em São Paulo, onde já atende cerca de 380 cidades, mas fora do estado vai primeiro considerar os elevados investimentos necessários para cumprir compromissos de universalização assumidos com a privatização da companhia neste ano, afirmou o novo presidente-executivo da empresa, Carlos Augusto Piani.
“Temos interesse em oportunidades no Estado de São Paulo, o tamanho desse interesse depende dessas oportunidades”, disse o executivo que assumiu a companhia a cerca de 40 dias após o controle da Sabesp ser transferido para a Equatorial.
“Temos interesse em olhar qualquer oportunidade que venha a aparecer no estado”, acrescentou o executivo em conferência com analistas após a publicação na noite da véspera dos resultados de terceiro trimestre da Sabesp.
Questionado sobre eventual interesse da empresa em participar de leilões de ativos fora do estado de São Paulo, Piani afirmou que isso depende de uma “relação risco/retorno” que seja “interessante” para a diretoria apresentar ao conselho de administração.
“Mas o cenário base é avançar na universalização (de serviços em São Paulo)”, disse o executivo, lembrando da perspectiva de investimento de mais de R$ 60 bilhões até 2029.
A Sabesp anunciou mais cedo que decidiu cancelar projeções de investimento que previam desembolsos de R$ 47,4 bilhões entre 2024 e 2028 para adição de milhares de ligações de água e esgoto, além de expansão e melhoria de sistemas.
O diretor financeiro, Daniel Szlak, comentou que os números previstos eram anteriores à privatização da companhia e que a nova gestão da Sabesp está “reavalizando todo o conjunto de investimentos, e por isso tiramos o ‘guidance'”.
“Não queremos trabalhar com uma meta trimestral de entregar investimentos. Nossa missão é entregar a universalização”, acrescentou o executivo.
Anteriormente, a Sabesp precisa investir em 2025 cerca de R$ 12 bilhões, cifra que Piani disse que “é factível” de ser realizada pela empresa no próximo ano.