WeWork é alvo de liminar de despejo por atrasar aluguel; empresa nega
Rede de coworking tem 15 dias para resolver pendências, segundo Rio Bravo Investimentos; WeWork afirma que segue em operação
A WeWork foi alvo de uma liminar de despejo protocolada pelos proprietários de um empreendimento em São Paulo devido ao atraso de três meses de aluguel. As informações são da Rio Bravo Investimentos, responsável por um fundo imobiliário que detém 34,81% do imóvel.
Em nota à CNN, a WeWork afirmou que desconhece “qualquer ordem de despejo” e disse que “segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil”.
O prédio Girassol 555 fica localizado no bairro Vila Madalena, na capital paulista, e tem taxa de ocupação de 80%.
Segundo a Rio Bravo, a WeWork foi notificada e tem 15 dias para sanar todas as pendências financeiras. Caso a inadimplência não seja resolvida, será aplicada uma ordem de despejo coercitivo.
A gestora afirma que buscou negociar com a rede de coworking, mas as discussões não evoluiram. A Rio Bravo é representada pelo escritório de advocacia Alvarez & Marsal.
Segundo Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo, a WeWork chegou a propor a redução nos valores de aluguel, mas a medida não foi acatada pelo funo e outros co-proprietários do empreendimento.
A inadimplência, que abrange os meses de maio, junho e julho de 2024, motivou duas ações judiciais: uma para a cobrança dos aluguéis atrasados e outra de despejo por falta de pagamento.
À CNN, a WeWork disse que negociações já estão resultando em acordos com locadores.
“Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade”, informou.