Salário do brasileiro deve crescer 3,9% na média até o fim de 2023, aponta estudo

A média salarial do brasileiro no segundo trimestre foi de R$ 2.836, alta de 6,2% comparando com o mesmo período do ano passado

Diego Mendes, da CNN, São Paulo
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Um estudo da Tendências Consultoria Integrada aponta que os salários dos brasileiros devem apresentar um ligeiro avanço de 3,9% na média geral ao fim deste ano.

A projeção considera uma perspectiva de comportamento mais benigno da inflação e a base reduzida de comparação entre a remuneração dos trabalhadores.

A média salarial do brasileiro no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 2.836, alta de 6,2% comparando com o mesmo período do ano passado (R$ 2.670).

Hoje, o Distrito Federal é a unidade federativa com a melhor remuneração. Entre abril e junho deste ano, a média salarial da região estava em R$ 4.648, avanço de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022, (R$ 4.437).

Já na outra ponta, a Bahia é o estado com o salário médio mais baixo do país. No segundo trimestre de 2023, o rendimento médio do trabalhador baiano era de R$ 1.776.

No mesmo trimestre do ano passado era de R$ 1.724. Ou seja, teve uma alta de 3% comparando estes dois períodos.

O estado que apresentou a maior alta na média salarial foi Goiás. No segundo trimestre do ano passado, o valor estava em R$ 2.526, enquanto em 2023 ficou em 2.908 — crescimento de 15,1%.

Em todo o país, o Acre foi o único estado onde a remuneração média caiu. Foi de R$ 2.416 no segundo trimestre de 2022 para R$ 2.393 no mesmo período deste ano, uma queda de 0,9%.

Metodologia

Os indicadores que compõe esse levantamento referem-se apenas ao salário, desconsiderando, por exemplo, transferências do Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Também não integram o cálculo outras fontes de renda, como seguro-desemprego, pensão alimentícia, entre outros.

Segundo Lucas Assis, economista e analista da Tendências, os salários apresentaram estabilidade nos últimos meses por fatores positivos e negativos.

No primeiro caso, a influência veio do aumento com ganho real do salário mínimo neste ano. Já o fator negativo reflete a pressão da inflação nos primeiros meses de 2023.

“No curto prazo, o rendimento real habitual deve se beneficiar da melhora da inflação e do reajuste real do salário mínimo, favorecendo a ampliação do poder de barganha dos trabalhadores", explica.

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