Pai de Henry Borel é eleito vereador para a Câmara do Rio

Leniel Borel foi o oitavo candidato mais votado da capital fluminense, com mais de 34 mil votos

Rafael Villarroel, da CNN*, São Paulo
Henry e o pai Leniel
Leniel Borel, pai de Henry Borel, foi eleito vereador pelo Rio com mais de 34 mil votos  • Foto: Arquivo Pessoal
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Pai de Henry Borel, o candidato Leniel Borel (PP) recebeu 34.359 votos e foi eleito vereador no Rio de Janeiro. Ele foi o oitavo candidato mais votado para o cargo na capital fluminense.

O filho de Leniel, o menino Henry, foi assassinado em 2021. O ex-médico Jairo de Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, acusado de ter participação na morte do garoto, já ocupou uma cadeira na Câmara do Rio.

Em junho deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou, por unanimidade, um recurso de Jairinho para retomar seu mandato na Câmara carioca.

No recurso, Jairinho alegou que o processo ético-disciplinar que levou à cassação de seu mandato foi movido “sem prova robusta da prática do crime”.

Doutor Jairinho, na tribuna da Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Divulgação
Doutor Jairinho, na tribuna da Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Divulgação

Três anos antes, em 2021, ele foi cassado por “quebra de decoro parlamentar”.

À CNN, a equipe de Leniel disse “estar muito feliz pela vitória e pelo acolhimento do povo”, e que “primeiramente por ter a oportunidade de dar sequência a seu projeto de defesa das crianças e adolescentes”.

Relembre o caso

Monique Medeiros é acusada de participação na morte do filho com o ex-namorado Dr. Jairinho morreu após ser levado desacordado para o hospital pelos dois.

Monique Medeiros durante audiência do caso de Henry Borel, seu filho, morto aos 4 anos em 2021 • Foto: PAULO CARNEIRO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Monique Medeiros durante audiência do caso de Henry Borel, seu filho, morto aos 4 anos em 2021 • Foto: PAULO CARNEIRO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal indicou que a criança sofreu 23 ferimentos pelo corpo e a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”.

Ambos são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. Ela foi denunciada também pelo crime de falsidade ideológica.

Segundo o MP-RJ, ela prestou declaração falsa no hospital para onde levaram a criança, que chegou ao local já sem vida. “Ao buscar atendimento para seu filho, objetivou mascarar as agressões sofridas por este, evitando a responsabilização penal de seu companheiro”, disse a denúncia.

Jairinho e Monique Medeiros estão presos e aguardam julgamentos.  Atualmente, o caso aguarda a designação dos jurados que irão decidir o destino de Monique e Jairinho. 

Histórico de prisões

Em novembro de 2022, a juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri, determinou que Monique e Jairinho irão a júri popular. Ambos seguem presos em unidades do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Monique chegou a ser posta em liberdade em agosto de 2022, mas em julho de 2023 o STF determinou que ela retornasse ao cárcere.

Anteriormente, ela estava presa no Instituto Penal Santo Expedito, também em Bangu, onde estaria sendo ameaçada por outras detentas.