10 motivos que fazem do show de Madonna em Copacabana uma apresentação histórica

Madonna se apresentou na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na noite de sábado (04). Apesar de ter se atrasado mais de 50 minutos, a rainha do pop entregou mais de 2 horas de show e mais de 20 músicas.

A apresentação da cantora, que é a 81ª da turnê “The Celebration Tour“, levou mais de 1,6 milhão de pessoas para Copacabana.

A turnê de Madonna começou em 2023 para celebrar seus 40 anos de carreira. A última passagem da turnê foi no Rio de Janeiro – que é a única data na América do Sul.

Só por isso, o show já tinha tudo para ser histórico. Mas Madonna entregou muito mais.

Por que o show de Madonna em Copacabana foi histórico? Confira 10 motivos:

• 1. Performance do início ao fim

“Isso não é um show, é uma celebração“: é assim que Bob the Drag Queen introduz a rainha do pop. Bob apresenta o show como se fosse contar uma história. E é exatamente isso que ele faz: conta a história de uma garota que nasceu no Michigan, nos Estados Unidos, e dominou o mundo.

Durante o show, o foco é contar a trajetória de Madonna. Falam sobre seu início de carreira, sobre quando se mudou para Nova York com apenas US$ 35 e um sonho, quando atingiu o estrelato, e muito mais.

O maior diferencial é que toda a história é contada com performances artísticas. Dançarinos até se vestem como Madonna em determinadas fases de sua vida e interagem com a cantora para abordar momentos específicos de sua vida.

A carreira de Madonna é contada através de dança e música com coreografias de tirar o fôlego. Não dava para esperar menos da rainha do pop.

• 2. Troca de figurinos

Madonna criou o conceito de performance pop como conhecemos. Um desses pontos principais é a constante troca de figurinos.

Com um look para cada uma das 25 músicas, Madonna utiliza elementos visuais e de moda para ajudar a contar a história que quer passar.

Antes de “Like A Prayer”, por exemplo, ela fica toda vestida de preto em uma cerimônia religiosa, com os pulsos amarrados por um terço. Figurino não é apenas um adereço: é instrumento narrativo.

• 3. “Vogue” com Anitta

“Vogue” já é icônica. Marcada por looks inspirados pela realeza francesa e inspirados por Maria Antonieta, toda a estética que fez parte da apresentação da música no MTV Awards de 1990 é um espetáculo por si só.

Além disso, a faixa aborda o mundo dos bailes e competições de vogue que eram populares nos clubes e boates da comunidade LGBTQIAP+ na década de 80.

Agora, para impactar ainda mais os brasileiros e os fãs do pop mundial, Anitta participou desse momento da apresentação.

Ao longo da turnê, Madonna sempre convidou famosos para se juntarem à ela na banca de jurados da competição de vogue entre os dançarinos da rainha do pop. No show do Rio de Janeiro, foi a vez de Anitta realizar a missão.

Nesse momento, um dos destaques é Estere. A filha da rainha do pop entrega tudo ao performar a coreografia de vogue. Além dela, os irmãos Mercy James e David Banda também se apresentam com a mãe, mas tocando piano e violão, respectivamente.

• 4. Pabllo Vittar e ritmistas mirins

Puro suco de Brasil e da melhor maneira possível: é assim que dá pra descrever o momento que Pabllo Vittar e ritmistas das escolas de samba do Grupo Ouro da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) sobem ao palco para se apresentarem com a rainha do pop.

Além de se misturar com samba, Madonna entregou uma nova versão de “Music” cheia de ginga e carisma.

Os jovens sambistas entregarem o novo arranjo da faixa de forma impecável e Madonna mostrou se divertir com Pabllo Vittar quando pulou no colo da drag e dançou com ela pela passarela.

YUKÉEEEEE?! @pabllovittar e @Madonna ENTREGANDO TUDO ✨ #MadonnaNaGlô pic.twitter.com/nDJpsLofZS

— TV Globo 📺 (@tvglobo) May 5, 2024

• 5. Versatilidade musical e vários sucessos dos 40 anos de carreira

Madonna mostrou que é a rainha do pop pois, assim como o gênero musical, ela se mescla com diferentes ritmos – e faz isso funcionar.

A diva mostrou que pode carregar pop, samba, punkrock e até versões acústicas de suas músicas.

No geral, o show foi recheado de sucessos. E a apresentação teve até o primeiro hit de Madonna, que não tinha sido tocado nas outras datas da turnê “The Celebration Tour”: “Like A Virgin“.

• 6. Luta por direitos LGBTQIAP+

A carreira de Madonna também é marcada pelo espaço que ela dá para pautas sociais em suas apresentações, músicas e aparições públicas.

Uma de suas maiores lutas é pela população LGBTQIAP+ pelo fim do preconceito contra pessoas portadoras de AIDS e HIV.

Além de prestar homenagem para aqueles que morreram em decorrência da doença – como Cazuza e Renato Russo, por exemplo – Madonna também reforça seu compromisso com a comunidade que sempre a abraçou. “Vou lutar por vocês até eu morrer”, disse durante o show.

• 7. Liberdade sexual

“Madonna nos ensinou a transar” – foi o que disse Bob the Drag Queen ao falar sobre como o assunto entra em pauta na carreira de Madonna.

E ela, de fato, nunca teve medo de falar de sexo. Muito pelo contrário: ela foi revolucionário ao afirmar que uma mulher não apenas gosta de sexo, mas que isso é um direito e um prazer dela.

Madonna de venda? TEMOS 🫣 #MadonnaNaGlô pic.twitter.com/LlA6JslU22

— TV Globo 📺 (@tvglobo) May 5, 2024

Durante o show de Copacabana, isso não foi diferente. Ao enaltecer sua sexualidade, Madonna performou danças eróticas que simulavam sexo e chegou a “transar consigo mesma”, ao interagir com um dançarino que estava vestido como a rainha do pop em outra fase de sua vida.

🔥 EITAAAAAAAA 🔥 #MadonnaNaGlô pic.twitter.com/KHnT7oqAlQ

— TV Globo 📺 (@tvglobo) May 5, 2024

• 8. Homenagens para brasileiros

A homenagem para brasileiros marcou o show da Madonna em Copacabana.

Durante “Live to Tell“, o telão exibe famosos e amigos próximos que morreram por Aids e HIV. No show de Copacabana, também foram exibidos Cazuza, Renato Russo, Caio Fernando de Abreu, Claudia Magno, Sandra Bréa, Wagner Bello, Zacarias, Thales Pan Chacon e Betinho.

Outro momento de homenagens aos brasileiros foi durante “Music”. Além dos ritmistas mirins das escolas de samba do Rio de Janeiro, Madonna também prestou homenagem para ícones nacionais como Marielle Franco, Pelé, Daniela Mercury, Mano Brown, Cacique Raoni, Elza Soares, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Erika Hilton, Paulo Freire e Fernanda Montenegro.

• 9. Estrutura grandiosa, pirotecnia e um bom exagero

Um show gratuito na praia já tinha tudo para ser histórico. No entanto, tudo foi ainda mais especial.

Com pirotecnia que incendiou o arco gigantesco do palco, um globo de espelhos enorme e uma plataforma de led que elevava e abaixava a rainha do pop, o local do show já é um espetáculo visual. Mas o pensado para o Rio de Janeiro é ainda maior.

O palco de Copacabana foi construído com 812 metros quadrados, 24 metros de frente e pé direto de 18 metros. Isso é bem maior que o utilizado nas outras datas da turnê.

A altura do palco também é de se notar: 2,4 metros, exatamente para que as pessoas mais distantes também pudessem assistir a rainha do pop durante a performance.

• 10. Maior público da carreira

Até então, seu maior público tinha sido no show da turnê “Who’s That Girl” no Parc de Sceaux de Paris. Em 1987, a rainha reuniu 130 mil pessoas.

Agora, o título é do show gratuito em Copacabana. Com 1,6 milhão de pessoas, a apresentação de Madonna não é apenas a maior da carreira da cantora, mas também uma das maiores já registradas no mundo.

O show da “The Celebration Tour” é, no entanto, apenas a segunda apresentação com maior público na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A primeira posição é ocupada por Rod Stewart, que se apresentou no mesmo lugar em 31 de dezembro de 1994 e reuniu mais de 4 milhões de pessoas, entrando até para o Livro dos Recordes.