Olimpíadas 2020 dia #11: Dupla Stefani e Pigossi ganha bronze inédito no tênis
Brasileiras conseguiram virada espetacular com 6 pontos seguidos; Wanderson Oliveira vai à semifinal no boxe e Brasil bate a Sérvia no vôlei feminino

A primeira medalha do tênis brasileiro na história das Olimpíadas é de Luisa Stefani e Laura Pigossi. Neste sábado (31), elas conquistaram o bronze nos Jogos de Tóquio com a vitória na disputa do terceiro lugar sobre as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 11/9.
Lideradas por Stefani, a número 23 do mundo no ranking de duplistas da WTA, elas fizeram um duelo equilibrado, após um começo ruim no primeiro set e, principalmente, no match tie-break, em que chegaram a estar perdendo por 7/2. Mas ela fizeram os últimos seis pontos em sequência para alcançar a inédita conquista em uma espetacular virada.
Assim, elas superaram o até então melhor desempenho do tênis brasileiro nas Olimpíadas, o quarto lugar de Fernando Meligeni em 1996, nos Jogos de Atlanta.
Djokovic sem Golden Slam e sem medalha
Em outro jogo pelo bronze, o sérvio Novak Djokovic novamente decepcionou. O sonho do Golden Slam - os títulos dos 4 torneios Grand Slam e Olimpíadas na mesma temporada - já havia ficado para trás com uma derrota para o alemão Alexander Zvererev na semifinal. Neste sábado, ele foi derrotado pelo espanhol Pablo Carreno Busta por 2 sets a 1 (6/4, 6/7 e 6/3) e perdeu também a medalha de bronze no simples.

O sérvio ainda tinha uma chance de pódio nas Olimpíadas, na disputa do bronze das duplas mistas, onde competiu com a compatriota Nina Stojanovic. Mas o número 1 do tênis mundial desistiu da partida, que aconteceria na sequência -- a Federação Internacional de Tênis afirmou que ele sofreu uma lesão no ombro esquerdo --, e terminou os Jogos Olímpicos sem nenhuma medalha. O bronze nas duplas mistas ficou com a dupla australiana John Peers e Ashleigh Barty.
Mais um brasileiro nas quartas do boxe
O carioca Wanderson de Oliveira teve um combate duro com o bielorrusso Dzmitry Asanau neste sábado (31), mas venceu por decisão dividida dos juízes (3 a 2) e está nas quartas de final da categoria leve (até 63 kg). A luta foi equilibrada - os árbitros se dividiram na decisão em todos os rounds. Wanderson ganhou o primeiro e o terceiro e foi derrotado no segundo, sempre pelo placar de 4 a 1. “Eu, julgando minha luta, achei que tive um bom desempenho. Consegui me impor”, contou Wanderson ao Olimpíada Todo Dia.

Eu achei que tinha levado o segundo round, mas já que os árbitros não deram, tudo bem. Fiquei em pé, conversando com os treinadores, eles me passaram o que fazer, uma tática boa para não se repetir o resultado do segundo round. Foi isso e deu certo
Nas quartas, o brasileiro tem outro duelo duro: o rival é o cubano Andy Cruz, atual campeão mundial da categoria. Se vencer, Wanderson vai à semifinal e garante a segunda medalha do boxe brasileiro nas Olimpíadas 2020 -- a primeira foi assegurada ontem por Abner Teixeira na categoria até 91 kg. Outros dois brasileiros estão nas quartas: Bia Ferreira (até 60 kg) e Hebert Conceição (até 75kg).
Brasileiras assumem liderança do grupo no vôlei
O jogo era contra a Sérvia, líder do grupo A e atual campeã mundial. A partida marcaria também a estreia de Roberta como levantadora titular, após a lesão de Macris, que segue fora do time, em tratamento. Era o duelo mais difícil, mas a seleção brasileira de vôlei fez uma grande partida, venceu por 3 sets a 1 (25/20, 25/16, 23/25 e 25/19) e assumiu a liderança da chave. Tandara foi a maior pontuadora da partida, com 19 pontos.

Simones Biles desiste de mais finais
Com isso, a norte-americana não disputará as provas do salto -- na qual a brasileira Rebeca Andrade, que já conquistou uma medalha de prata no individual geral, luta por um lugar no pódio -- e das barras assimétricas.
Simone Biles seguirá em avaliação diária para “determinar se competirá nas finais do solo (na segunda-feira, 2) e da trave (na terça-feira, 3)”.

Judô do Brasil fica sem medalha por equipes
O judô brasileiro se despediu das Olimpíadas sem conseguir chegar à disputa por medalhas na competição por equipes mistas, torneio estreante nos Jogos. Na madrugada deste sábado, a equipe perdeu para a Holanda por 4 a 2, e na repescagem, pouco depois, caiu para Israel pelo mesmo placar.

A disputa por equipes leva em conta seis lutas, três masculinas e três femininas - em caso de empate, é sorteada uma luta extra. O Brasil tinha expectativa de chegar no pódio, mas acaba deixando o Japão com apenas duas medalhas, os bronzes de Mayra Aguiar e Daniel Cargnin. O judô vinha conquistando ao menos três pódios desde Pequim, em 2008, e não ficava sem chegar às semifinais desde Atenas, em 2004.
Bruno Fratus vai à final na natação
Pela terceira vez consecutiva, o brasileiro Bruno Fratus está na final dos 50 metros livre nas Olimpíadas. Quarto colocado em 2012 e sexto em 2016, ele vai buscar a sua primeira medalha após avançar em terceiro lugar nas semifinais, com a marca de 21s67.
Nas semifinais, ele só não foi tão rápido quanto o norte-americano Caeleb Dressel e o francês Florent Manaudou. E fez o mesmo tempo que o grego Kristian Gkololomeev. Tentando superá-los, Fratus voltará à piscina em Tóquio às 22h30 (horário de Brasília) deste sábado.

Principal candidato a ser campeão dos 50m, Dressel conquistou seu terceiro ouro em Tóquio ao vencer a disputa dos 100m borboleta, também registrando um novo recorde mundial. E a norte-americana Katie Ledecky levou o segundo ouro no Japão. Ela foi tricampeã dos 800m e se vingou das derrotas para a australiana Ariane Titmus nos 200m livre e nos 400m livre.
Atletismo: um campeão e uma inédita nas finais
O atual campeão olímpico Thiago Braz, ouro no Rio de Janeiro, avançou para a final do salto com vara na noite de sexta-feira (30), alcançando os mesmos 5.75m dos melhores classificados. Pelo histórico recente, o brasileiro não está entre os principais favoritos ao pódio, mas disputa a decisão na próxima terça-feira (3) tentando surpreender, como há cinco anos.

O principal candidato ao ouro é o sueco Armand Duplantis, de 21 anos, atual dono do recorde mundial. O francês Renaud Lavillenie, que protagonizou uma grande disputa com Thiago pelo título em 2016, também está na final. O outro brasileiro na disputa, Augusto Dutra, acabou eliminado.
No lançamento de disco, uma classificação inédita para a final para o atletismo brasileiro: Izabela da Silva alcançou a marca de 61.52m e passou para a decisão na última das 12 vagas, o que já garante a melhor posição da história do país na modalidade.

Handebol: derrota para Suécia e 'final' contra Espanha
O Brasil perdeu para a Suécia na quarta rodada do handebol feminino e agora tem um jogo com clima de mata-mata contra a Espanha, na última partida da primeira fase, para avançar às quartas de final dos Jogos Olímpicos.
O time brasileiro começou muito bem e se manteve na frente até pouco mais da metade do primeiro tempo, quando chegou a abrir 13 a 9. Mas o ataque parou de funcionar e a seleção ficou quase 15 minutos sem marcar, sofrendo a virada e vendo a Suécia abrir 16 a 13. Ainda houve tempo para buscar um empate em 25 a 25, mas as suecas recuperaram a liderança na reta final e venceram por 34 a 31.
No último jogo do Grupo B, na noite de domingo, Brasil e França fazem um confronto direto pela vaga. Ambas têm três pontos, e quem perder estará eliminada. Por outro lado, uma vitória pode até colocar o time brasileiro numa posição melhor que o quarto lugar ocupado hoje - das seis equipes, quatro avançam e duas serão eliminadas no final de semana.
Os medalhistas de hoje nas Olimpíadas:
Dupla do vôlei de praia avança
Na areia, a dupla formada por Ana Patrícia e Rebecca perdeu por 2 sets a 1, de virada, para as norte-americanas Claes e Sponcil na última rodada da fase de grupos do vôlei de praia. Depois de vencer o primeiro set por 21 a 17, as brasileiras perderam os seguintes por 21 a 19 e 15 a 11. Mesmo assim, Ana e Rebeca se classificaram para a segunda fase sem precisar disputar a repescagem porque ficaram entre as melhores terceiras colocadas.

Nas oitavas de final, às 22h deste sábado (31), elas vão enfrentar as chinesas Wang e Xia, campeãs do grupo de Agatha e Duda, a outra dupla brasileira. A partir de agora a competição é eliminatória. Uma derrota representa a eliminação das Olimpíadas.
Brasileiro fica fora no tiro com arco
A melhor participação do Brasil na história das Olimpíadas no tiro com arco parou nas oitavas de final. Marcus Vinicius D’Almeida foi eliminado ao perder para o italiano Mauro Nespoli por 6 a 0.
O algoz de Marcus Vinicius é o número 4 do mundo na modalidade. Ele venceu o primeiro set por 29 a 28, aquele em que o brasileiro teve o melhor desempenho, com um 10 e dois 9. Os placares dos outros foram 28 a 26 e 28 a 25.

Marcus Vinicius, de 23 anos, fez sua estreia nas Olimpíadas no Rio-2016, quando foi eliminado logo nas primeiras rodadas das disputas individuais e por equipes. Já em Tóquio-2020, seu desempenho foi melhor. Antes de ser eliminado, ele ganhou de Patrick Huston, da Grã-Bretanha, e Sjef van den Berg, da Holanda, ambos por 7 a 1.
Rugby feminino do Brasil termina em penúltimo
Depois de quatro derrotas seguidas, a seleção feminina de rugby se despediu com vitória das Olimpíadas. No jogo derradeiro, a equipe brasileira ganhou por 21 a 12 do Japão. Com isso, ficou em 11º -- e penúltimo -- lugar na competição. O desempenho ficou abaixo do alcançado no Rio em 2016, quando o Brasil terminou na nona posição.
