CNN Esportes

Diniz vê derrota injusta do Brasil e reclama de "olé"

Técnico da Seleção diz que resultado não condiz com o que foi o jogo; Ele afirma que vaias não normais por conta da derrota, mas "olé" é um pouco demais

Marcel Rizzo, da Itatiaia
Compartilhar matéria

Em sua despedida como técnico da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, já que tem contrato somente até junho de 2024, Fernando Diniz disse que achou injusta a derrota para a Argentina na noite desta terça-feira, 1 a 0 no Maracanã, pela sexta rodada da competição. E não gostou muito de os torcedores terem gritado olé favorável aos adversários no final da partida.

"A torcida está no direito de fazer o que quiser. Temos que tentar entregar o melhor, sempre, mas a torcida é passional e quer vencer. Eles estão no direito de vaiar, mas acho que gritar olé para a Argentina é um pouco demais. Vaiar é compreensível, olé para a Argentina, não, tanto que quem fez isso foi vaiado por outros brasileiros. Mas temos que saber conviver com isso", disse Diniz.

Para ele, o confronto foi um dos melhores dos seis que fez comandando a Seleção Brasileira. Pela força do adversário, que mantém a base campeã do mundo na Copa de 2022, no Catar, e também pelas mudanças que fez nesta Data-Fifa, entre seis e sete, por causa de lesões principalmente.

"Dois times tradicionais, muito fortes, e acho que tivemos mais finalizações, oportunidades, mas acabamos ali na hora de decidir falhando. A Argentina praticamente teve o gol do Otamendi, numa falha nossa de marcação no escanteio. Tivemos sempre mais perto da vitória do que a Argentina, por isso acho que o resultado foi injusto", disse o treinador.

Foi mais um resultado ruim para a Seleção Brasileira, que acumulou o quarto jogo sem ganhar, com um empate e três derrotas, caindo para a sexta colocação das Eliminatórias, com sete pontos. Os argentinos foram a 15, em primeiro. Também foi a primeira derrota da Seleção Brasileira como mandante em um jogo de Eliminatórias, após 64 partidas (com 51 vitórias e 13 empates).

"Tem as estatísticas, mas não temos que nos apegar só a isso. Foi o que eu falei depois que o Fluminense foi campeão da Libertadores [ele como treinador], se perdesse não seria o fracasso. Estamos em processo de mudança, o desempenho controlamos, o resultado algumas vezes, não. Mas noto evolução jogo a jogo, hoje, pelo tamanho do confronto, foi das nossas melhores partidas".

Despedida de Diniz

O treinador tem contrato até junho de 2024, ainda terá agenda em março, mas não comandará mais o Brasil nas Eliminatórias, já que o Brasil só volta a atuar pelo torneio em setembro. A campanha do técnico foi de seis partidas, duas vitórias, um empate e três derrotas, com sete pontos e a sexta colocação na tabela de classificação, atrás de Uruguai, Argentina, Colômbia, Venezuela e Equador.

A direção da CBF espera que a partir de junho, e já na Copa América dos Estados Unidos, o treinador seja Carlo Ancelotti, italiano que atualmente está no Real Madrid, da Espanha.

Este conteúdo ainda não está disponível. Volte em breve para ver a tabela completa

Acompanhe CNN Esportes em todas as plataformas

Acompanhe Esportes nas Redes Sociais