Vinícius Jr. com o técnico Carlo Ancelotti em partida do Real Madrid • Marcelo Del Pozo/Reuters
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A renovação de Carlo Ancelotti com o Real Madrid até 2026 não surpreendeu pessoas que acompanharam nos últimos meses todo o processo envolvendo o treinador italiano e a CBF (Confederação Brasilera de Futebol).
O vazamento da negociação, com o próprio Ednaldo citando o nome de Ancelotti como provável futuro técnico da Seleção, desagradou ao italiano. O fato é que houve interesse do treinador em comandar o Brasil, e valores de salário, tempo de contrato (até a Copa de 2026 com cláusula de renovação de 2030) e opções de moradia foram apresentados aos agentes do técnico.
Nunca houve, porém, nada assinado, o que seria impossível legalmente, já que Ancelotti tinha acordo com o Real Madrid até junho de 2024. A empolgação da CBF em associar o italiano à Seleção após o fracasso na Copa do Mundo do Catar acabou atrapalhando o processo.
Ancelotti chegou a ouvir nomes que poderiam participar da transição até sua chegada. Um deles foi o do ex-volante Paulo Roberto Falcão, em junho, que atuou com o italiano na Roma nos anos 1980. Eles são amigos, mas o fato de Falcão estar empregado à época como diretor do Santos esfriou o assunto.
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Ancelotti começou sua carreira de técnico na Reggiana, na segunda divisão italiana, em 1995. Ficou apenas uma temporada no clube e, em 1996, se transferiu ao Parma, da primeira divisão
• Claudio Villa/Getty Images
Em 1999, foi contratado pela Juventus, seu primeiro grande clube na carreira. A experiência, porém, durou apenas duas temporadas
• Claudio Villa/Getty Images
Foi no Milan, clube pelo qual já havia tido sucesso como jogador, que Ancelotti deu o salto na carreira de treinador. Com os "rossoneri", onde trabalhou de 2001 a 2009, conquistou dois títulos da Champions League (2002/2003 e 2006/2007), uma Serie A italiana (2003/2004), uma Copa Itália (2002/2003), uma Supercopa italiana (2004) e duas Supercopas europeias (2003 e 2007), além de um Mundial de Clubes (2007)
• Alex Livesey/Getty Images
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Após oito temporadas no Milan, Ancelotti foi demitido do clube e desembarcou na Premier League, para treinar o Chelsea. No comando dos Blues, foi campeão da Premier League e da FA Cup em sua primeira temporada, a 2009/2010. No início da temporada seguinte, foi campeão também da Supercopa inglesa. Apesar dos títulos, a passagem pelo Chelsea só durou dois anos
• Shaun Botterill/Getty Images
Depois de passar pela Premier League, o italiano chegou à França. Com a promessa de um trabalho a longo prazo no Paris Saint-Germain, terminou comandando os parisienses por apenas dois anos. Com o clube, foi campeão francês na temporada 2012/2013
• Xavier Laine/Getty Images
Após conquistar títulos na Itália, na Inglaterra e na França, o técnico chegou em 2013 ao Real Madrid, onde também empilhou troféus. Em sua primeira passagem, que durou apenas duas temporadas, levou o clube à sua décima conquista de Champions League, além de uma Copa do Rei, o Mundial de Clubes e a Supercopa europeia. Em sua segunda passagem, iniciada em 2021, adicionou novas conquistas: duas Champions League, dois Campeonatos Espanhóis, uma Copa do Rei, um Mundial de Clubes, duas Supercopas da Europa e duas Supercopas espanholas
• Alex Livesey/Getty Images
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Demitido do Real Madrid pelo então presidente Florentino Pérez em 2015, Ancelotti foi anunciado pelo Bayern de Munique para a sucessão de Pep Guardiola no clube bávaro. Na Alemanha, foi campeão da Bundesliga, tornando-se o primeiro técnico a conquistar as cinco principais ligas europeias. Pelo Bayern, também faturou duas Supercopas alemãs
• TF-Images/Getty Images
Entre o Bayern e o retorno ao Real Madrid, Carlo Ancelotti entrou em um período de seca de troféus. Contratado em 2018, ficou somente um ano e meio no comando da equipe napolitana
• SSC NAPOLI/Getty Images
Após passagem discreta pelo Napoli, Ancelotti retornou à Premier League em 2019, desta vez para assumir o Everton, onde também não conquistou títulos. Em 2021, deixou o clube para voltar ao Real Madrid, onde está atualmente
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Carlo Ancelotti assumirá o comando da Seleção Brasileira a partir do dia 26 de maio, e já comandará a equipe nacional em junho, nos confrontos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo
• Alex Davidson/Getty Images
Carlo Ancelotti na estreia pela Seleção Brasileira contra o Equador. O treinador já fez dois jogos pela Canarinho.
• Franklin Jacome/Getty Images
Relação chegou ao fim
Já no fim de julho, Ancelotti demonstrava estar menos receptivo com os contatos da CBF, segundo apurou a Itatiaia com pessoas que acompanharam o processo. Os vazamentos irritaram, principalmente quando o narrador Luiz Roberto, da TV Globo, anunciou em rede nacional, durante amistoso do Brasil contra Guiné, em junho, que a CBF dava como certa a contratação de Ancelotti.
Quando Ednaldo Rodrigues entendeu que seria impossível seguir com Ramon Menezes como interino da CBF, após a derrota de 4 a 2 para Senegal, também em junho, Ancelotti foi procurado para dar aval ao nome de Fernando Diniz, que seria o interino por um ano. Mas o italiano não quis participar dessa decisão.
Desde então os contatos ficaram mais raros. Internamente, a CBF já avaliava que, se Diniz tivesse bons resultados nos seis jogos que comandaria das Eliminatórias, entre setembro e novembro, ficaria fácil optar por sua continuidade caso a negociação com Ancelotti se encerrasse.
Mas a Seleção Brasileira não teve sucesso com Diniz: foram três derrotas, um empate e só duas vitórias com o treinador em 2023. Para finalizar, Ednaldo Rodrigues acabou retirado da presidência da CBF por decisão do Tribunal de Justiça do Rio. O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), José Perdiz de Jesus, foi indicado como interino para convocar eleição até 25 de janeiro de 2024.
Mesmo se Ednaldo estivesse no cargo, a renovação de Ancelotti com o Real provavelmente ocorreria. E o futuro de Diniz, com contrato até meados de 2024, e a possível contratação de outro nome ficarão para o próximo presidente ou para um Ednaldo Rodrigues enfraquecido, caso a Justiça o recoloque no cargo.
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Neymar em comemoração pelo gol marcado para a Seleção Brasileira na vitória por 5 a 1 contra a Bolívia no Mangueirão, no Pará, no dia 8 de setembro, pela 1ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo 2026. Os gols do Brasil foram marcados por Rodrygo (2x), Raphinha e Neymar (2x), Victor Ábrego fez o da Bolívia. O duelo marcou a estreia de Fernando Diniz no comando da Amarelinha.
• Pedro Vilela/Getty Images
Jogadores comemoram gol de Marquinhos, que garantiu a vitória do Brasil contra o Peru por 1 a 0 no Estádio Monumental de Lima, no dia 12 de setembro, em jogo válido pela 2ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026.
• Vitor Silva/CBF
Neymar tenta drible em empate em 1 a 1 entre Brasil e Venezuela na Arena Pantanal, em Cuiabá, no dia 12 de outubro, em jogo válido pela 3ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026. Gabriel Magalhães abriu o placar para a Seleção Brasileira, e Eduard Bello empatou no final da partida.
• Vitor Silva/CBF
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Neymar faz expressão de dor após sofrer grave lesão na derrota da Seleção Brasileira por 2 a 0 contra o Uruguai no Estádio Centenario, em Montevideu, no dia 17 de outubro, em jogo válido pela 4ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026. Os gols foram marcados por Darwin Núñez e Nicolás de la Cruz.
• Guillermo Legaria/Getty Images
Colômbia 2 x 1 Brasil: Diniz mexeu no time, perdeu Vini Jr para uma lesão, mas não conseguiu impedir a virada colombina nas Eliminatórias Sul-americanas,
• Flcker/CBF
Jogo marcado por muita confusão antes da bola rolar, a Argentina vence o Brasil no Maracanã com o gol de cabeça do Otamendi e marcou a primeira derrota em casa nas eliminatórias do Brasil
• AFA/reprodução
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Real Madrid lidera LALIGA
O Real Madrid terminará 2023 na liderança de LALIGA, empatado com o Girona na ponta, ambos com 45 pontos. A equipe de Carlo Ancelotti volta a campo no próximo dia 3, quando recebe o Mallorca, no Santiago Bernabéu.
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