Trump ameaça barrar estádio se time da NFL não voltar a ser Redskins
Presidente critica nome “Commanders” e diz que pode impor restrições ao projeto, reacendendo polêmica sobre uso de termos considerados ofensivos a povos indígenas
Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca • REUTERS/Nathan Howard
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (20) que poderá bloquear o acordo para construção de um novo estádio de futebol americano em Washington, D.C., caso o time local da NFL — atualmente chamado Washington Commanders — não volte a adotar o antigo nome "Redskins".
O nome “Redskins” foi abandonado em 2020, após décadas de críticas por ser considerado um termo pejorativo e racista contra povos indígenas norte-americanos.
Apesar de já ter expressado anteriormente o desejo de ver o retorno dos nomes “Redskins” e “Indians” — este último usado até 2021 pelo time de beisebol Cleveland Guardians — Trump intensificou o tom neste domingo ao sugerir uma possível ação política.
“Posso impor uma restrição: se eles não mudarem o nome de volta para o original ‘Washington Redskins’ e não eliminarem esse apelido ridículo, ‘Washington Commanders’, não farei acordo para que construam o estádio em Washington”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.
O Washington Commanders deixou a capital norte-americana em 1997 e passou a mandar seus jogos em Landover, no estado vizinho de Maryland. No entanto, neste ano, o time fechou um pré-acordo com o governo distrital para retornar a Washington com um novo estádio previsto para 2030.
Embora o poder de intervenção direta de Trump seja limitado pelas leis de autonomia do Distrito de Columbia, ele já deu declarações sugerindo a retomada de controle federal sobre a capital. “Acho que deveríamos assumir o controle de Washington, D.C.”, disse em fevereiro.
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: Usher performs onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Harry How/Getty Images)
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: (L-R) H.E.R., Ludacris, Usher, Lil Jon, Jermaine Dupri and will.i.am perform onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Kevin Mazur/Getty Images for Roc Nation)
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: Usher performs onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Steph Chambers/Getty Images)
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: (L-R) Usher and Alicia Keys perform onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Michael Reaves/Getty Images)
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: (L-R) H.E.R. and Usher perform onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Ethan Miller/Getty Images)
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LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 11: Usher performs onstage during the Apple Music Super Bowl LVIII Halftime Show at Allegiant Stadium on February 11, 2024 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Kevin Mazur/Getty Images for Roc Nation)
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O rapper e cantor americano Post Malone se apresenta antes do Super Bowl LVIII entre o San Francisco 49ers e o Kansas City Chiefs no Allegiant Stadium em 11 de fevereiro de 2024 em Las Vegas, Nevada.
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A diretoria dos Commanders ainda não se manifestou oficialmente sobre a declaração do presidente.
Enquanto parte da torcida defende o retorno do nome por questões de tradição, organizações indígenas — como o Congresso Nacional dos Índios Americanos e a Cultural Survival — condenam veementemente o uso de estereótipos em nomes e mascotes esportivos. Por outro lado, o grupo Native American Guardians Association apoia a manutenção do nome Redskins, alegando “uso respeitoso de nomes e imagens indígenas”.
A discussão sobre o tratamento dado aos povos indígenas após a chegada dos colonizadores europeus continua sendo tema sensível e polarizador nos EUA. Enquanto alguns historiadores classificam o processo como genocídio, outros preferem o termo “limpeza étnica”.