Os bastidores do acerto do Atlético-MG com a Libra
Bloco da Libra agora conta com 16 equipes após mudança atleticana
O Atlético-MG anunciou esta semana a sua saída da Liga Forte Futebol (LFF) e se juntou à Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Aqui, conto algumas informações de bastidores dessa mudança de rumo feita pela direção do Galo.
Nos últimos dois meses, a cúpula do Galo trabalhou intensamente para tentar unir os dois blocos e acelerar a criação da Liga no Brasil, que vigoraria a partir de 2025. Mesmo com reuniões remotas e presenciais em Belo Horizonte, não foi possível gerar um consenso.
Clubes com mais força para negociações
Diante da falta desse pacto, o Atlético decidiu partir para a Libra por algumas razões. Uma delas é a presença de clubes com mais força para negociações futuras. Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e Grêmio também estão neste bloco. Além disso, Flamengo e Corinthians, que sempre tiveram muitas vantagens, cederam. Isso fez diminuir a diferença de ganhos para os demais membros.
Outro ponto é que o percentual negociado das receitas comerciais na Libra com o fundo Mubdala, dos Emirados Árabes, é menor: 12,5% dos direitos. O valor repassado aos clubes será de R$ 1,3 bilhão.
No entendimento do Atlético, em médio e longo prazo, o montante a ser negociado pelos grandes clubes da Libra será muito mais vantajoso. E haverá maior percentual disponível na mesa nessas tratativas. A LFF, por sua vez, já negociou 20% de todas as receitas por R$ 2,3 bilhões com o fundo Serengeti e com a gestora Life Capital Partners (LCP).
Os filiados
Libra: Bahia, Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Vitória.
LFF: América, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Juventude, Londrina, Operário-PR, Sport, Tombense e Vila Nova.
Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco se uniram à LFF para comercialização de direitos comerciais. Oficialmente, os clubes não são filiados, e se denominam independentes. Mas os acordos respeitam os mesmos termos dos clubes da Liga Forte Futebol.
