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Rubens Menin exalta criação da SAF do Atlético-MG e diz: "Responsabilidade aumenta"

Empresário e controlador da CNN Brasil é um dos membros da Galo Holding; os 4 R's serão os principais investidores no modelo de negócio

Túlio Kaizer, Lucas Sanches, da Itatiaia, Belo Horizonte
Rubens Menin no evento "Nascimento do Campo" na Arena MRV  • Twitter / Altético - MG
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O Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube em votação realizada nesta quinta-feira (20).

A associação terá 25% das ações. Já investidores serão acionistas majoritários e vão adquirir 75% das cotas por meio da empresa Galo Holding, criada para esta finalidade.

A maior parte da Galo Holding pertencerá aos 4 R’s: Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães. Eles ficarão com 78% da parte da SAF comprada.

Após a aprovação da criação da SAF do Galo, Rubens Menin demonstrou felicidade pelo novo passo dado pelo clube. Ele ressaltou que a responsabilidade à frente do clube aumenta ao assumir o controle do Alvinegro - nos últimos anos, os 4 R’s fizeram parte do órgão colegiado, que comandava o Atlético-MG.

“Super satisfeito. Acho que a responsabilidade aumenta, esse grupo é sensacional. Essa turma que está aí, Renato [Salvador], Ricardo [Guimarães], Zé Murilo [Procópio], Sérgio [Coelho], Rafael [Menin] que está chegando, todo mundo. A união dessa turma faz a gente ter coragem. Podemos prometer mais dedicação, mais empenho, e vamos ver se a gente consegue levar esse Galo onde merece, ao pedestal de sempre”, disse Menin.

O empresário ressaltou que a SAF do Atlético-MG terá donos atleticanos. Menin afirmou que espera o apoio da torcida na nova fase do clube alvinegro.

“A gente queria que o Galo continuasse aqui, o Galo é nosso né, é mineiro, de todos nós. Estamos juntos, que o apoio dessa torcida, desses 10 milhões de atleticanos malucos, continue intenso. E vamos lá, fazer muito bonito pela frente, todos muito animados”, completou.

A votação no Atlético-MG

A votação no Conselho Deliberativo do Atlético-MG foi dividida em quatro pautas. Veja abaixo os detalhes e os placares parciais (18h24 de 20/7/2023):

Pauta 1: Constituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG (275 votos sim, 4 votos não, 3 abstenções)

Pauta 2: Transferência dos seguintes patrimônios do Atlético-MG para a SAF: departamento de futebol, direitos federativos e econômicos dos atletas de todas as categorias; cotas do Fundo de Investimento Imobiliário AVM FII (Arena MRV); Cidade do Galo e licenciamento de propriedade intelectual e dos símbolos principais do Atlético-MG por 30 anos (275 votos sim, 5 votos não, 2 abstenções)

Pauta 3: Venda de 75% das ações da SAF à Galo Holding por R$ 913 milhões (273 votos sim, 4 votos não, 2 abstenções)

Pauta 4: Autorização para diretoria executiva praticar todos os atos necessários para o cumprimento das deliberações aprovadas pelo Conselho Deliberativo sobre SAF (273 votos sim, 4 votos não, 2 abstenções)

Atlético-MG SAF

  • 75% das ações - Galo Holding
  • 25% das ações - Atlético-MG (associação)

A Galo Holding, por sua vez, terá 78% das ações vinculadas aos atuais investidores do clube, conhecidos como 4 R’s (Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães.

O restante das ações ficará com dois fundos - 11%, cada um).

Galo Holding

  • 78% das ações - 4 R’s (Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães)
  • 11% das ações - Fundo de investimento 1
  • 11% das ações - Fundo de investimento 2

Valores a serem aportados

No projeto aprovado pelo Conselho nesta quinta-feira (20), o Atlético-MG foi avaliado em R$ 2,1 bilhões. Na proposta feita pela Galo Holding, a SAF assumiria a dívida do clube, avaliada em R$ 1,8 bilhão neste momento.

O aporte total da operação será de R$ 913 milhões, sendo que R$ 313 milhões seriam conversão de dívida com os 4Rs e R$ 600 milhões a injeção de dinheiro novo.

Desses R$ 600 milhões, R$ 400 milhões seriam aportados pelos 4Rs (Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães). Ainda haveria dois fundos de investimentos, com R$ 100 milhões de aporte de cada um deles.

Funcionamento da SAF do Atlético-MG

A associação, que seguiria com 25% de participação, terá poder de veto em algumas situações, como mudança de símbolos, cores e hino. O clube também poderia vetar alienação de bens e mudança de finalidade da Cidade do Galo, por exemplo.

Para as decisões do dia a dia, está prevista a criação de um Conselho de Administração. Nele, haveria seis representantes da Galo Holding, dois da associação (eleitos pelo Conselho Deliberativo) e um de um membro independente.

O Conselho Fiscal terá um indicado pela associação e dois pela Galo Holding (empresa que comprará 75% das ações da SAF).

A diretoria será composta por até nove membros: diretor presidente, diretor de operações, diretor de futebol, diretor financeiro, diretor jurídico, diretor comercial e os demais sem designação específica, com mandato de 3 anos.

Patrimônio do Atlético-MG

A Arena MRV e a Cidade do Galo serão patrimônios geridos pela SAF. Sede de Lourdes, Vila Olímpica e Labareda seguem como patrimônio da associação.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em
ItatiaiaVer original 
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