Com herói improvável, São Paulo segura Flamengo e é campeão da Copa do Brasil pela primeira vez
Rodrigo Nestor marcou o golaço de empate que deu a taça inédita para o Tricolor Paulista
O São Paulo é campeão da Copa do Brasil pela primeira vez na história. O sonhado título veio neste domingo (24), após empate em 1 a 1 com o Flamengo, no Morumbi lotado com 63 mil torcedores.
Por ter vencido o primeiro jogo por 1 a 0, no Maracanã, o São Paulo leva a taça com o 2 a 1 no placar agregado. Com isso, o Tricolor é o primeiro brasileiro garantido na fase de grupos da Libertadores de 2024.
Para aumentar a tensão são-paulina, foi o Flamengo quem abriu o placar, com Bruno Henrique, aos 45 minutos do primeiro tempo, aproveitando rebote em chute de Erick Pulgar.
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Mas o empate do São Paulo veio ainda nos acréscimos da etapa inicial, aos 50 minutos, com um golaço de Rodrigo Nestor. O volante pegou rebote de escanteio na quina da área e fuzilou o gol de Rossi.
Fim da fila
O título da Copa do Brasil dá fim a uma fila de 11 anos sem títulos de relevância do São Paulo, desde a Sul-Americana de 2012. E também leva, após 34 edições, a primeira taça do torneio para a recheada sala de troféus do Tricolor Paulista.
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Bolada de premiação
Calleri também entra para a história como um dos heróis do título pelo gol da vitória no Maracanã, no primeiro jogo da decisão. A conquista ainda prova a força da base do São Paulo, representada por Beraldo, Pablo Maia, Nestor e Lucas Moura, titulares nas duas decisões e importantes na campanha.
O título inédito rende uma bolada para os cofres do Tricolor. O clube receberá R$ 88,7 milhões da CBF pela campanha. O Flamengo, por sua vez, ficará com R$ 48,7 milhões pelo vice-campeonato.
Como foi o jogo
Não houve nem tempo de avaliar o impacto das mudanças de Sampaoli e o Flamengo já teve a primeira chance de abrir o placar. Antes do primeiro minuto de bola rolando, Pedro invadiu a área após Gerson ganhar no alto de Arboleda. Rafael saiu bem, nos pés do camisa 9, e fez grande defesa.
Dúvida para as finais devido uma fibrose na coxa esquerda, o zagueiro precisou ser substituído aos sete minutos. O equatoriano sentiu dores no local, dando lugar a Diego Costa. Bastante chateado, teve o nome gritado pela torcida do São Paulo ao deixar o gramado e foi consolado pelos companheiros.
Com Arrascaeta aproximando-se de Pedro e Bruno Henrique e Gerson abertos, o Flamengo entrou em campo com uma marcação alta, dificultando a saída de bola do São Paulo. Os primeiros minutos foram de muita disputa no meio de campo e maior posse de bola rubro-negra, mas sem nova chance.
Aos 18, o meio de campo do São Paulo deu um raro momento de liberdade. Foi o suficiente para Ayrton Lucas dar ótimo passe de trivela para Gerson, que driblou Beraldo e finalizou rápido. A reação de Rafael foi ainda mais rápida, e o goleiro evitou, mais uma vez, o gol do Flamengo no Morumbi.
São Paulo demora a engrenar, e Flamengo sai na frente
Apesar do apoio da torcida, o time de Dorival não repetiu o domínio que teve no jogo de ida. O São Paulo ainda deu mostras de nervosismo, com Alisson, Pablo Maia e Rafinha “amarelados” antes dos 30 minutos. As chances reais só vieram depois da pausa para hidratação, na reta final da primeira etapa.
Nas primeiras bolas levantadas na área, Calleri não conseguiu finalizar bem e Rossi não foi exigido. A primeira grande chance veio aos 35, com Wellington Rato arriscando de fora da área com perigo.
Aos 37, Rafinha foi à linha de fundo e cruzou. Lucas, de voleio após corte ruim de Pulgar, tirou tinta da trave esquerda do argentino. A partir disso, o jogo no Morumbi cresceu muito em termos de emoção.
Aos 40, Pedro também tentou de fora da área e, por pouco, não marcou um golaço no Morumbi, onde a tensão subia a cada lance. Saindo bastante da área, o camisa 9 viu a entrada de Pulgar nas costas de Caio Paulista. A finalização superou Rafael, mas encontrou a trave. Bruno Henrique, que acompanhou o lance até o fim, entrou com bola e tudo: Flamengo na frente no Morumbi, aos 43!
Golaço de Nestor
Já nos acréscimos, em bola levantada na área, BH27 quase marcou o segundo. Ainda havia tempo para mais emoção do primeiro tempo.
A chance para o São Paulo veio na bola parada, com Rato sofrendo falta de Ayrton Lucas. Rossi cortou o cruzamento que buscava a cabeça de Calleri na segunda trave. Então, aos 50, Rodrigo Nestor surpreendeu o goleiro do Flamengo com um chutaço.
Com uma “chicotada” de primeiro, de pé esquerdo, o camisa 11 estufou a rede do Flamengo: 1 a 1!
Retorno mais lento
Dorival Júnior e Sampaoli não realizaram mudanças no intervalo. Os times voltaram em uma intensidade menor para a etapa final em um fim de tarde de muito calor em São Paulo.
Até pela necessidade, foi o Flamengo que buscou mais o ataque, apostando nas arrancadas de Bruno Henrique, mas a partida seguiu sem oportunidades até os 20 minutos, quando os técnicos mudaram.
Luiz Araújo entrou no lugar de Thiago Maia, deixando o Rubro-Negro ainda mais ofensivo. O São Paulo teve as entradas de Wellington e Gabriel Neves nos lugares de Caio Paulista e Alisson. Minutos depois, após a pausa para hidratação no segundo tempo, foi a vez de Gabriel Barbosa substituir Pedro.
Ninguém cria nada
O desgaste do São Paulo era visível, com o time de Dorival Júnior ficando cada vez menos com a posse de bola. De todo modo, a posse do Flamengo não significava grande perigo ao gol de Rafael.
A verdade é que até os 33 minutos, quando Luiz Araújo arriscou de fora da área, pouco havia acontecido na partida. Gabigol ainda testou desviar, mas a bola passou rente à trave adversária.
A partir dos 35 minutos, Dorival e Sampaoli foram para as cartadas finais. Michel Araújo e Luciano entraram no São Paulo. Everton Ribeiro e Victor Hugo foram colocados em campo pelo Flamengo.
Tensão absoluta
A tensão era absoluta no Morumbi. Aos 40, com o Flamengo já lançado totalmente ao ataque, o São Paulo encaixou o primeiro contra-ataque. Lucas Moura fez boa jogada e lançou Luciano. Cara a cara com Rossi, o camisa 10 finalizou de primeira, tirando demais do goleiro, direto para fora. No lance, Luciano ficou pedindo pênalti de Luiz Araújo, que chegou na marcação. O árbitro não marcou nada.
Nos oito minutos de acréscimo, a melhor chance do Flamengo foi aos 48, em lance que começou com Wesley, pelo lado direito, e terminou com finalização de Pulgar, dentro da área, por cima da meta de Rafael. Três minutos depois, Ayrton Lucas partiu da esquerda para o meio e chutou: Rafael defendeu!
É campeão!
Ainda houve tempo para um princípio de confusão entre os times após falta de Fabrício Bruno em Calleri fora de jogo. Aos 54, Gabi Neves ainda foi expulso quando Bráulio Machado da Silva pediu a bola para encerrar o jogo. Nada que estragasse a festa tricolor no Morumbi. São Paulo campeão da Copa do Brasil!
Do outro lado, o Flamengo amargou o quarto vice da temporada e o futuro de Sampaoli está em xeque.
São Paulo 1 x 1 Flamengo
São Paulo: Rafael; Rafinha, Arboleda (Diego Costa), Beraldo, Caio Paulista (Wellington); Pablo Maia, Alisson (Gabi Neves), Rodrigo Nestor (Michel Araújo), Lucas Moura, Wellington Rato (Luciano); Calleri – Técnico: Dorival Júnior
Flamengo: Agustín Rossi; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Thiago Maia (Luiz Araújo), Erick Pulgar, Gerson (Victor Hugo) e Arrascaeta (Everton Ribeiro); Bruno Henrique e Pedro (Gabigol) – Técnico: Jorge Sampaoli.
Gols: Bruno Henrique (44’/1ºT), do Flamengo; Nestor (50’/1ºT), do São Paulo.
Cartão amarelo: Alisson, Pablo Maia, Rafinha, Gabriel Neves (SAO); Léo Pereira e Fabrício Bruno (FLA)
Cartão vermelho: Gabriel Neves (SAO).
Renda e público: R$ 24.520.800,00 / 63.077 torcedores.
Motivo: Jogo de volta da final da Copa do Brasil.
Data e hora: 24 de setembro de 2023, às 16h de Brasília.
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
Árbitro: Bráulio Machado da Silva (Fifa/SC).
Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa/GO) e Bruno Boschilia (Fifa/PR).
Árbitro de vídeo: Wagner Reway (Fifa/PB).
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Plata comemora gol na final da Copa do Brasil 2024, que deu o pentacampeonato do Flamengo • Foto: GILSON LOBO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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São Paulo venceu sua primeira Copa do Brasil em 2023 • Rubens Chiri / saopaulofc.net
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Maior campeão da competição, o Cruzeiro já levantou a taça da Copa do Brasil seis vezes: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018 • Acervo/CBF
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O Grêmio é o segundo maior campeão da Copa do Brasil, com cinco conquistas: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016 • Rodrigo Rodrigues/CBF
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O Flamengo é um dos clubes que têm quatro títulos da Copa do Brasil: 1990, 2006, 2013 e 2022 • Site oficial/Flamengo
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O Palmeiras tem quatro conquistas, empatado com o Flamengo: 1998, 2012, 2015 e 2020 • Cesar Greco/Palmeiras
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Corinthians venceu a Copa do Brasil três vezes: em 1995, 2002 e 2009 • Acervo/Corinthians
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Atlético-MG venceu as edições de 2014 e 2021 da Copa do Brasil • Divulgação/Atlético Mineiro
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Com uma conquista, o Criciúma tem em sua sala de troféus a taça da Copa do Brasil de 1991 • Acervo/Criciúma
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O Internacional, campeão em 1992, tem um título da Copa do Brasil • Arquivo/Internacional
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O Juventude é outro gaúcho que conquistou a Copa do Brasil, levantando a taça em 1999 • Arquivo/Juventude
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O Santo André protagonizou uma das maiores zebras do torneio, vencendo o Flamengo na final de 2004 para ficar com a Copa do Brasil • Arquivo/CBF
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O Paulista de Jundiaí levantou a Copa do Brasil em 2005 ao superar o Fluminense na decisão • Site oficial/Paulista
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O Fluminense tem um título da Copa do Brasil, conquistado em 2007 • Site oficial/Fluminense
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O Sport foi outro que derrubou um gigante na decisão para ficar com a Copa do Brasil. Em 2008, venceu o Corinthians e conquistou seu primeiro e único título • Arquivo/CBF
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O Santos tem um título de Copa do Brasil, conquistado em 2010, com Neymar, Ganso e companhia • Ricardo Saibun/Santos
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O Vasco se sagrou campeão da Copa do Brasil em 2011 • Divulgação/Vasco
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O Athletico foi campeão uma vez da Copa do Brasil, em 2019 • Athletico-PR
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