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    Como Filipe Luís saltou do sub-17 para ser técnico interino do Flamengo

    Ex-lateral se aposentou em 2023, assumiu como treinador da base e agora vai comandar boa parte dos ex-companheiros interinamente após a demissão de Tite

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    Em janeiro de 2024, o recém-aposentado Filipe Luís assumiu como técnico do Sub-17 do Flamengo. Pouca gente sabe que, pouco antes, ele havia recebido uma proposta que, para muitos profissionais do futebol, seria irrecusável: ser o coordenador da Seleção Brasileira. Mas Filipe, disse não.

    Seu sonho para a sequência de carreira no esporte é estar dentro de campo, como treinador, e não fora dele, como dirigente. E a trajetória do ex-jogador da Seleção Brasileira na nova função é meteórica: em janeiro assumiu o sub-17 do Rubro-Negro, em junho já estava no Sub-20 e agora, nove meses depois, vai comandar interinamente a equipe profissional.

    A diretoria do Flamengo anunciou na manhã desta segunda-feira (30) a demissão de Tite, pouco menos de um ano após ser contratado. Pesou a eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores, para o Peñarol-URU.

    Filipe Luís, 39 anos, sempre se mostrou um jogador interessado em entender o funcionamento de um time de futebol, e não ser apenas uma engrenagem dessa equipe. Foi citado por mais de um treinador como um atleta inteligente, que lia o jogo dentro de campo e dava sugestões, durante as partidas, de alterações táticas.

    Chance dada pelo Flamengo

    A oportunidade veio no Flamengo, clube que defendeu de 2019 a 2023 após passagens por grandes clubes da Europa como Ajax-HOL, Atlético de Madrid-ESP (onde esteve por oito anos, entre duas passagens) e Chelsea-ING.

    O jogador revelado pelo Figueirense como meia, e que havia recuado para a lateral esquerda, se destacou e também chegou à Seleção Brasileira, com 44 partidas, dois gols e a participação na Copa do Mundo de 2018 na Rússia, justamente com Tite, a quem vai substituir, como treinador.

    A ida do sub-17 ao sub-20, em junho, foi por acaso. Mário Jorge, que era o treinador da equipe júnior do Flamengo, recebeu proposta para comandar o time Sub-17 da Arábia Saudita e se demitiu.

    A solução flamenguista foi caseira, promovendo Filipe Luís. Em 24 de agosto, no Maracanã, o Rubro-Negro venceu o Olympiacos, da Grécia, por 2 a 1, de virada, e ganhou o Intercontinental da categoria, com status de Mundial, torneio organizado em conjunto por Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e Uefa (União Europeia).

    Nas últimas semanas, com Tite pressionado, seu nome circulava como nome ideal para assumir interinamente. O Flamengo terá eleição presidencial em 9 de dezembro, portanto é possíve que até lá um técnico efetivo não seja contratado, e Filipe Luís permaneça até o final da temporada.

    Ele terá pela frente as 11 rodadas finais da Série A do Brasileiro, com o time na quarta colocação, com 48 pontos, a nove do líder do Botafogo, mas com um jogo a menos, e a Copa do Brasil. Na quarta-feira (2), o Flamengo recebe o Corinthians, no Maracanã, às 21h30 (de Brasília), pela ida da semifinal.

    Muitos dos jogadores que estarão em campo eram companheiros de Filipe Luís há menos de um ano no próprio Flamengo.

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