Imprevisibilidade de resultados é sinal de progresso na Copa do Mundo Feminina
Grupo de Estudos Técnicos da Fifa avalia que goleiras estão realizando mais defesas e vê aumento no número de empates
A imprevisibilidade dos resultados da Copa do Mundo Feminina, com uma seleção que já foi campeã sendo eliminada na fase de grupos (Alemanha) e uma estreante avançando para a fase final (Marrocos), é uma evidência de que os padrões de jogo estão melhorando em todos os setores. A avaliação foi feita pelo Grupo de Estudos Técnicos (TSG, na sigla em inglês) da Fifa nesta sexta-feira (4).
O TSG analisou os dados das primeiras 48 partidas do Mundial e concluiu que a organização defensiva está melhor e as goleiras estão mais bem posicionadas e fazendo mais defesas, enquanto menos gols estão sendo marcados.
Os padrões mais altos, sugeriu o TSG, resultaram na eliminação de equipes como a bicampeã mundial Alemanha e o atual campeão olímpico, o Canadá, enquanto a estreante Marrocos avançou para as oitavas de final.
“Foram-se os dias de total previsibilidade”, disse a chefe do TSG, Jill Ellis, que como treinadora comandou os Estados Unidos nos títulos consecutivos de 2015 e 2019.
“O progresso está muito, muito claramente no centro de algumas dessas conversas e certamente a competitividade deste torneio pode ser sentida. Isso faz com que esta seja uma das Copas do Mundo mais interessantes, imprevisíveis e possivelmente emocionantes que já vi até hoje.”
Evidências do aumento da competitividade foram a queda na média de gols por jogo, o aumento de 8% para 21% no número de partidas que terminaram empatadas e a redução nas margens de vitória.
“É um dominó que cai”, acrescentou Ellis. “Ao olharmos para o efeito indireto de melhores jogadoras, melhores treinadores, todo esse tipo de coisas, isso afetará certas áreas.”
Veja todas as campeãs da Copa do Mundo Feminina na história
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Em 2023, tivemos uma campeã inédita. Em sua terceira participação em Copas, a Espanha superou a Inglaterra no Estádio Olímpico de Sydney, em vitória por 1 a 0. • Will Murray/Getty Images
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Os Estados Unidos, liderados por Megan Rapinoe, conquistaram o título em 2019, o quarto do país na história dos Mundiais. As norte-americanas superaram a Holanda na decisão do torneio, disputado na França • Fifa/Divulgação
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Em 2015, a seleção dos Estados Unidos interrompeu 16 anos de jejum e conquistou a taça ao bater o Japão na final, por 5 a 2, no Canadá • US Soccer/Divulgação
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No Mundial de 2011, disputado na Alemanha, o Japão se consagrou campeão ao vencer os Estados Unidos na final, nos pênaltis. É até hoje o único título de uma seleção asiática nas Copas do Mundo, sejam masculinas ou femininas • Fifa/Divulgação
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Em 2007, na China, a seleção alemã conquistou o bicampeonato mundial. Na final, a equipe venceu o Brasil, de Marta, por 2 a 0 • Christof Koepsel/Bongarts/Getty Images
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Na Copa do Mundo de 2003, a Alemanha conquistou o seu primeiro título mundial. A competição, organizada nos Estados Unidos, viu as alemãs vencerem as suecas na decisão • Fifa/Divulgação
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Em 1999, na primeira Copa organizada nos Estados Unidos, as norte-americanas levantaram a taça diante da sua torcida. Na final, bateram a China, nos pênaltis, para conquistar seu segundo título • Fifa/Divulgação
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No segundo Mundial Feminino da história, disputado na Suécia, a Noruega superou a Alemanha na decisão por 2 a 0 para conquistar seu primeiro e único título até hoje • Fifa/Divulgação
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Em 1991, a Fifa organizou a sua primeira Copa do Mundo Feminina da história. Os Estados Unidos ficaram com a taça ao vencer, na final, a seleão norueguesa por 2 a 1. O torneio inaugural foi disputado na China • Fifa/Divulgação
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