Atual partido no poder na Suécia apoia adesão do país à Otan

Posicionamento vai contra décadas de oposição ao ingresso no bloco militar

Johan Ahlander, Simon Johnson e Niklas Pollard, da Reuters
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Os social-democratas da Suécia, atualmente no poder, disseram neste domingo (15) que apoiam a adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), abandonando décadas de oposição à medida após a invasão da Ucrânia pela Rússia e criando uma grande maioria parlamentar a favor da entrada no bloco militar.

Com a vizinha Finlândia já pronta para oficializar seu pedido, a primeira-ministra Magdalena Andersson agora quase certamente lançará um pedido formal dentro de dias.

"O conselho do partido decidiu em sua reunião de 15 de maio de 2022 que o partido trabalhará para que a Suécia solicite entrada na Otan", disseram os social-democratas em comunicado.

A adesão à Otan era uma perspectiva distante apenas alguns meses atrás, mas o ataque da Rússia à Ucrânia levou Suécia e Finlândia a repensarem suas necessidades de segurança e buscar apoio em uma aliança da qual se mantiveram distantes durante a Guerra Fria.

A guerra na Ucrânia, que Moscou chama de operação militar especial, mas que já matou milhares e tirou milhões de suas casas, destruiu políticas de segurança de longa data e alimentou uma onda de apoio público à adesão à Otan em ambos os países.