Bélgica pede que União Europeia pare de emitir vistos para russos

"No momento, os russos não são bem-vindos aqui", disse o ministro da Imigração belga após Rússia atacar a Ucrânia

Marine Strauss, da Reuters, em Bruxelas
Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia.  • 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
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A Bélgica quer que a União Europeia pare de emitir vistos para todos os cidadãos russos, incluindo estudantes, trabalhadores e turistas, disse o ministro do Asilo e Imigração, nesta quinta-feira (24), em resposta ao ataque de Moscou à Ucrânia.

"O ataque imprudente da Rússia nos obriga a ter cuidado com os russos que desejam vir para a Bélgica", disse a autoridade belga, Sammy Mahdi, em comunicado.

"No momento, os russos não são bem-vindos aqui, uma proibição geral de visto para russos não deve ser um tabu", disse ele, acrescentando que isso deve afetar estadias de curto e longo prazo.

O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo, não fez nenhum comentário específico sobre o assunto até agora.

Ele deve se reunir com outros 26 líderes nacionais da União Europeia ainda nesta quinta-feira para decidir sobre mais sanções contra a Rússia.

O ataque russo

Após semanas de tensão, Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24). Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país. Assista ao vivo no vídeo acima a cobertura especial da CNN.

Autoridades da Ucrânia informaram que pelo menos 50 pessoas morreram e seis aviões teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

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