Coreia do Sul diminui restrições contra Covid-19 e adota passaporte de vacina

Após completar vacinação de mais de 75% da população, país suspende toque de recolher em restaurantes e cafés e libera 50% de público em eventos esportivos

Josh Smith e Hyonhee Shin, da Reuters
Coreia do Sul diminui restrições contra a Covid-19 e adota passaporte da vacina  • Reuters
Compartilhar matéria

A Coreia do Sul adotou, nesta segunda-feira (1º), novas regras com objetivo de permitir que os cidadãos "convivam com a Covid-19", incluindo a flexibilização de uma série de restrições e a introdução do passaporte da vacina em locais de alto risco, como academias, saunas e bares.

A mudança de foco ocorre após mais de 75% da população do país ser totalmente vacinada. A primeira fase das regras revisadas deve durar um mês, com planos de suspender todas as restrições até fevereiro.

“O caminho de volta à vida cotidiana, para o qual estamos dando o primeiro passo hoje, é um caminho no qual nunca estivemos”, disse o ministro da Saúde, Kwon Deok-cheol, em uma reunião.

Ele pediu às pessoas que continuassem usando máscaras, ventilassem regularmente os quartos e fizessem um teste se tiverem sintomas do coronavírus, observando que ainda há preocupações sobre um potencial ressurgimento de novos casos.

Embora nunca tenha estado em lockdown, a Coreia do Sul luta contra uma quarta onda de infecções desde julho, quando o governo impôs restrições mais rígidas de recolhimento e distanciamento social.

Entre uma série de mudanças, os toques de recolher nos restaurantes e cafés foram suspensos e os eventos esportivos ao ar livre poderão receber espectadores com 50% da capacidade.

Até 100 pessoas podem assistir a musicais ou concertos, independentemente do estado de vacinação, enquanto as academias não precisarão mais limitar a velocidade da esteira ou proibir a reprodução de músicas em ritmo acelerado durante exercícios em grupo.

No entanto, o acesso a locais de alto risco, como bares e boates, academias fechadas, saunas e bares de karaokê, exigirão comprovante de vacinação ou um resultado de teste negativo feito até 48 horas antes.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Son Young-rae, disse que o número de novos casos pode dobrar ou triplicar nas próximas semanas. O sistema médico foi projetado para cobrir até 5.000 novos casos por dia, mas se os números subirem para perto de 10.000, o governo interromperá o processo de flexibilização e tomará medidas de emergência, disse Son.

A Coreia do Sul relatou 1.686 novos casos de Covid-19 no domingo (31), com um total de 366.386 infecções e 2.858 mortes.