Covid-19: UE fecha novo acordo com Pfizer para 1,8 bilhão de doses de vacina

Contrato prevê 900 milhões de doses garantidas (e 900 milhões opcionais) entre 2021 e 2023 para reforço, doações e revendas, disse a Comissão Europeia

Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo
UE assinou novo contato para comprar até 1,8 bilhão de doses de vacina da Pfizer
UE assinou novo contato para comprar até 1,8 bilhão de doses de vacina contra Covid-19 da Pfizer  • Foto: Christian Charisius - 30.abr.2021/Reuters
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A União Europeia (UE) assinou um novo contrato com a Pfizer/BioNtech para receber 1,8 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 de 2021 a 2023, para cobrir doses de reforço, doações e revendas, disse a Comissão Europeia, neste sábado (8).

"Fico feliz em anunciar que a @EU_Commission acaba de aprovar um contrato para 900 milhões de doses garantidas (+900 milhões de opções) com @BioNTech_Group e @Pfizer para 2021-2023", escreveu a chefe da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, em sua conta no Twitter.

"Outros contratos e outras tecnologias de vacinas virão", disse ela, ao explicar que o novo acordo com a Pfizer e a BioNtech era uma forma de o bloco se preparar para os próximos anos. 

“A Europa permanecerá aberta. Continuaremos exportando vacinas, porque a vacinação é a saída duradoura desta pandemia global”, explicou von der Leyen, em outra mensagem.

A presidente da Comissão Europeia afirmou que a vacinação no continente está progredindo e que a região se prepara para o próximo estágio de sua resposta à pandemia, que incluirá doses de reforço, lidar com possíveis variantes e permitir a vacinação de crianças e adolescentes.

“Mais cedo ou mais tarde, crianças e adolescentes serão vacinadas [contra a Covid-19] e precisamos nos preparar.”

No começo de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a lentidão do processo de vacinação na Europa, considerado "inaceitavelmente lento", e disse que o aumento das infecções pelo novo coronavírus, naquele momento, era "preocupante".

Pouco depois, as autoridades europeias adotaram medidas para acelerar o ritmo das aplicações de doses e evitar ficar ainda mais atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido – que foram mais ágeis não somente para encomendar vacinas em 2020, mas também para aprová-las.

Atualmente, de acordo com números da Our World in Data – publicação mantida por pesquisadores da University of Oxford e pela ONG Global Change Data Lab – quatro dos dez países com maior proporção da população já vacinada com ao menos uma doses estão localizados na Europa (dos quais 3 fazem parte da UE).

(Com informações da Reuters)