Cúpula é chance para melhorar 'mau humor' do mundo com Brasil, diz especialista

Em entrevista à CNN Rádio, Denis Minev, conselheiro da Fundação Amazônia Sustentável, afirmou que o Brasil precisa investir no marketing da nação

Amanda Garcia, da CNN, em São Paulo
Área de garimpo ilegal na Amazônia, no Alto Tapajós (PA)
Área de garimpo ilegal na Amazônia, no Alto Tapajós (PA)  • Foto: CNN (5.ago.2020)
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A Cúpula de Líderes sobre o Clima deve ser momento importante para mudar a imagem do Brasil diante do mundo. Esta é a avaliação de Denis Minev, conselheiro da Fundação Amazônia Sustentável e diretor-presidente da rede varejista BEMOL, que acredita que o encontro pode mudar o “mau humor” dos países com a imagem brasileira.

“[A Cúpula] é uma oportunidade que temos agora de mudar alguns posicionamentos que melhorem o nosso marketing, toda empresa precisa de marketing e países também têm essa necessidade”, avaliou Denis, em entrevista à CNN Rádio nesta quinta-feira (22).

Segundo ele, a região da Amazônia, que é a área da atuação de suas empresas, sofreu com “muitos erros de política econômica e social”, que geraram “os piores índices de escolaridade, mortalidade infantil, expectativa de vida, saneamento do Brasil”.

 

Denis Minev explicou que a economia amazonense é sustentada, em grande parte, pela transferência de renda governamental, tanto em programas para as pessoas, como o Bolsa Família, como os para o governo, como o Fundeb.

“Na minha avaliação, a Amazônia é quase um peso para o Brasil, que tem que carregar a transferência de rendas. Isso não é razoável. Uma saída importante, espero que venha da Cúpula do Clima, é refocar a cabeça do Brasil no que diz respeito à ciência”, analisou o diretor-presidente da BEMOL.

Denis defende um programa científico que, de acordo com ele, nunca existiu, para explorar “as possibilidades da bioeconomia da Amazônia, dos cosméticos e fármacos”.