Kamala Harris silencia gritos de "prisão a Trump" em comício

Candidata democrata à Casa Branca disse a apoiadores que "os tribunais vão cuidar dessa parte"

Aaron Pellish, da CNN
Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, durante evento de campanha em Atlanta  • 30/07/2024 REUTERS/Dustin Chambers
Compartilhar matéria

A vice-presidente Kamala Harris acalmou os gritos de apoiadores em seu comício em Eau Claire, Wisconsin, na quarta-feira (7), que pediam a prisão do ex-presidente Donald Trump, ao dizer: “os tribunais vão cuidar dessa parte” e insistindo para que os democratas se concentrem em derrotar Trump nas eleições de novembro.

Kamala destacou seu histórico como promotora e procuradora na Califórnia e o contrastou com os problemas legais de Trump, incluindo a condenação por acusações de falsificação de registros comerciais e a perda de um processo civil movido por E. Jean Carroll, que o acusou de agressão sexual.

“Eu conheço o tipo de Donald Trump”, disse ela, provocando fortes aplausos da plateia. “Na verdade, tenho lidado com pessoas como ele durante toda a minha carreira.”

À medida que os aplausos diminuíam, alguns membros da plateia começaram a gritar “prendam-no”. Em resposta, Kamala interrompeu os gritos para esclarecer que seu foco é derrotar o ex-presidente nas próximas eleições e insistiu que os problemas legais de Trump devem ser tratados de forma independente.

“Bem, espere, sabe de uma coisa? Os tribunais vão cuidar dessa parte. O que vamos fazer é derrotá-lo em novembro”, respondeu ela, provocando uma nova e forte reação do público.

Pedido é resposta à promessa de Trump em 2016

O comício em Wisconsin não foi a primeira vez que eleitores democratas entoaram gritos pedindo a prisão de Donald Trump em comícios de campanha. Centenas de eleitores fizeram o mesmo durante o comício de Kamala na Filadélfia na terça-feira (6).

Esses gritos que pedem a prisão de um candidato é uma inversão da promessa que Trump fez durante sua campanha presidencial de 2016 de colocar a então candidata democrata Hillary Clinton na prisão, uma promessa que foi abraçada por seus apoiadores em seus comícios.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em
inglêsVer original