Grupo parlamentar Brasil-Israel condena falas de Lula contra Israel e diz que presidente está “mal orientado”
Durante o programa “Conversa com o Presidente”, Lula disse que os ataques que têm mulheres e crianças entre as vítimas são ações iguais ao "terrorismo"

O grupo parlamentar Brasil-Israel condenou nesta terça-feira (14) as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, mais cedo, afirmou que o Hamas cometeu um ato "terrorista", mas criticou a resposta de Israel aos ataques.
Durante o programa “Conversa com o Presidente”, Lula disse que os ataques que têm mulheres e crianças entre as vítimas são ações iguais ao "terrorismo".
Vídeo: “Israel joga bombas onde tem crianças e mata inocentes sem nenhum critério”, diz Lula
"É preciso que a Organização das Nações Unidas convoque alguma coisa especial, porque essa guerra do jeito que vai ela não tem fim. Não tem fim. Eu estou percebendo que Israel parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do estado Palestino para que eles possam viver em paz junto com o povo judeu", disse o presidente.
Em nota, o grupo parlamentar e as Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional disseram que “o Brasil, de forma oficial, deveria criticar e exigir o fim do financiamento ao terrorismo mantido pela República Islâmica do Irã aos grupos do Hamas e Hezbollah”.
“O presidente Lula está mal orientado pelo atual grupo que comanda o Ministério das Relações Exteriores e que, cada vez mais, leva o Brasil a se apequenar no cenário mundial entre os países desenvolvidos e democráticos”, diz o documento.
A CNN entrou em contato com o Palácio do Planalto para se manifestar sobre a nota e aguarda retorno.
Cessar-fogo
O governo brasileiro tem defendido um cessar-fogo para viabilizar um acordo de paz e atua para retirar pessoas da região do conflito. Brasileiros que estavam em Israel e na Cisjordânia foram os primeiros a serem repatriados.
Nessa segunda-feira (13), Lula foi até a base aérea de Brasília para receber um grupo de 32 pessoas retiradas pelo governo brasileiro da Faixa de Gaza. O grupo tinha 22 brasileiros e 10 palestinos.
Durante a recepção, o presidente também criticou os ataques de Israel em Gaza e disse que há "terrorismo" e "violência desumana contra inocentes".