Israel prefere “solução diplomática” com o Hezbollah, diz embaixador do país na ONU
Danny Danon afirmou que a única maneira do conflito terminar será "quando o Hezbollah não estiver em nossa fronteira"
O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, disse aos repórteres nesta terça-feira (24) que Israel prefere uma “solução diplomática” no Líbano para lidar com o grupo Hezbollah, mas usaria “outros métodos” para mostrar “que estamos falando sério”.
Questionado por Tara John, da CNN, se Israel está preparado para uma segunda frente em sua fronteira com o Líbano após atingir repetidamente alvos do Hezbollah no país, Danon disse: “Não estamos ansiosos para começar nenhuma invasão terrestre em lugar nenhum. Não quero enviar meu filho, e não queremos enviar nossos meninos para lutar em um país estrangeiro, mas estamos determinados a proteger os civis de Israel”.
Falando com a imprensa na reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira, Danon continuou dizendo que Israel prefere uma solução diplomática – mas acrescentou: “Se não estiver funcionando, estamos usando outros métodos para mostrar ao outro lado que estamos falando sério”.
Danon disse que a única maneira de o conflito terminar será “quando o Hezbollah não estiver em nossa fronteira”.
O enviado israelense também rebateu as críticas de outras nações à conduta de guerra de Israel, dizendo aos repórteres que a comparação do presidente turco Recep Tayyip Erdogan entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e Adolf Hitler era “além da imaginação” e “vergonhosa”.
Em um discurso mais cedo, o presidente turco disse: “A atitude de Israel mostrou mais uma vez que é essencial para a comunidade internacional desenvolver um mecanismo de proteção para civis palestinos. Assim como Hitler foi parado pela aliança da humanidade há 70 anos, Netanyahu e sua rede de assassinatos devem ser parados pela ‘aliança da humanidade'”.