Líbano tem dia com mais mortes por ataques israelenses desde guerra de 2006

Comunidade internacional observa aumento da tensão no Oriente Médio

Tamara Qiblawi, da CNN
Ataque israelense no sul de Beirute.  • Reuters
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O número de mortos resultante dos ataques aéreos de Israel no sul e no leste do Líbano, onde o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, tem uma forte presença, marca a escalada mais mortal desde o conflito de 2006.

A guerra entre Israel e o Líbano no período, que incluiu uma campanha aérea, naval e terrestre das forças israelenses, devastou grande parte do país. No ano de 2006, ataques israelenses deixaram mais de mil libaneses mortos, incluindo cerca de 250 integrantes do Hezbollah, enquanto o grupo libanês deixou 121 soldados e 43 civis mortos no lado adversário através de ataques por foguetes.

Uma trégua foi mantida entre o Líbano e Israel nos anos entre a guerra de 2006 e o ​​início do conflito entre Hezbollah e Israel em 8 de outubro de 2023.

O conflito atual, que se estendeu principalmente por cerca de quatro quilômetros em ambos os lados da fronteira, aumentou significativamente depois que o gabinete de guerra de Israel priorizou formalmente a repatriação dos residentes deslocados mais ao norte do território, na última terça-feira (17).

Desde então, os ataques contra o Hezbollah, muitos acontecendo em áreas civis densamente povoadas, desencadearam um aumento no número de mortos, com integrantes e também civis entre as vítimas.

Pelo menos 492 pessoas foram mortas em ataques israelenses nesta segunda-feira (23) e 1600 pessoas ficaram feridas. Mulheres, crianças e médicos estão entre os mortos e feridos, segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano.

Não está claro quantas das vítimas são civis ou integrantes do Hezbollah, mas muitos dos locais descritos por Israel são residenciais.

À medida que os ataques aéreos israelenses continuam atingindo o sul e o leste do Líbano, causando nuvens de fumaça e provocando deslocamento em massa de civis, há ecos da guerra de 2006. Cada vez mais, as pessoas descrevem o conflito como uma guerra em tudo, menos no nome. E há receios crescentes de que o país esteja à beira de uma violência mais catastrófica do que a guerra do período em questão.

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