Líderes da Alemanha e França exigem cessar-fogo em ligação com Putin

Macron e Scholz “insistiram que qualquer solução para a crise deve ser negociada entre a Rússia e a Ucrânia”

Nadine Schmidt, da CNN, Berlim
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Líderes da Alemanha e da França exigiram um "cessar-fogo imediato" na Ucrânia em uma ligação a três com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (10), de acordo com informe do Palácio do Eliseu, residência oficial da Presidência da República francesa

O chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron também “insistiram que qualquer solução para a crise deve ser negociada entre a Rússia e a Ucrânia”, afirmou o comunicado.

Os três líderes disseram que permanecerão em contato próximo nos próximos dias. Líderes da União Europeia estão reunidos hoje fora de Paris para discutir a guerra na Ucrânia.

Encontro sem acordo

O telefonema entre Scholz, Macron e Putin ocorreu no mesmo dia em que uma reunião entre os principais diplomatas da Rússia e Ucrânia se encontraram no sul da Turquia para tentar chegar a um acordo cobre o cessar-fogo em cidades ucranianas.

Em um pronunciamento à imprensa após a reunião, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que não houve progresso na discussão para “resolver as questões humanitárias mais urgentes”.

Uma das localidades que mais sofre com ataques atribuídos a tropas russas é a cidade portuária ao sul do país Mariupol. Autoridades da cidade dizem que as forças russas começaram a lançar bombas em uma região chamada de “corredor verde”, designado para retirar os moradores da cidade.

“Neste momento, o bombardeio aéreo de Mariupol está em andamento”, disse Petro Andryushchenko, assessor do prefeito de Mariupol.

O representante da prefeitura ainda afirmou que os ataques aéreos estavam sendo realizados para destruir a infraestrutura rodoviária e isolar completamente a cidade.

Na quarta-feira (9), o Ministério da Defesa russo afirmou que suas forças avançaram em vários distritos ao redor de Mariupol. Mas, até o momento, não há declarações sobre a alegação ucraniana de ataques contra a cidade.