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    Ministro da Defesa da Coreia do Sul apresenta renúncia

    Segundo o próprio partido, a autoridade apoiou o decreto de lei marcial

    Gawon Baeda CNN

    O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente, segundo a Agência de Notícias Yonhap, após crescentes críticas sobre a curta duração da lei marcial do líder, que provocou caos político no país.

    O Presidente Yoon Suk Yeol deve aprovar o pedido de renúncia do ministro, antes que ele mesmo [Yoon] renuncie.

    A CNN entrou em contato com o Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul.

    O anúncio veio momentos após a principal oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, dizer que havia protocolado um pedido de impeachment do ministro.

     

    Se o pedido do ministro da Defesa for aceito e ele renunciar, a moção não será necessária, explicaram analistas.

    O presidente enfrenta uma reação crescente em todo o espectro político, inclusive na própria legenda, o Partido do Poder Popular, após o decreto de lei marcial, feito com o apoio do ministro da Defesa. O líder do partido, Han Dong-hoon, pede que Kim seja demitido.

    Anteriormente, seis partidos de oposição, incluindo o Partido Democrata, apresentaram um projeto de lei pedindo o impeachment de Yoon.

    Espera-se que ele seja apresentado à sessão plenária na quinta-feira (5), com votação marcada para a sexta (6) ou o sábado (7), segundo a Yonhap.

    Lei Marcial

    O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial em um discurso sem aviso prévio transmitido ao vivo na televisão YTN na terça-feira (3).

    Horas depois, o Parlamento votou para bloquear o decreto.

    Yoon disse que não tinha escolha a não ser adotar a medida, a fim de salvaguardar a ordem livre e constitucional, afirmando que os partidos da oposição tornaram o processo parlamentar refém para lançar o país em uma crise.

    Também justificou a decisão como essencial para proteger as liberdades e a segurança do povo, garantir a sustentabilidade do país e passar uma nação estável para as gerações futuras.

    “Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-Estado norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, pontuou o presidente.

    Ele citou uma moção desta semana do Partido Democrático, que tem a maioria no Parlamento, que tinha o objetivo de lançar um impeachment contra os principais promotores da Coreia do Sul. A legenda também rejeitou uma proposta de orçamento do governo.

    Yoon classificou as ações da oposição como “comportamento antiestatal claro com o objetivo de incitar a rebelião”. Ele ainda afirmou que esses atos “paralisaram os assuntos do estado e transformaram a Assembleia Nacional em um covil de criminosos”.

    Parlamento vota para bloquear Lei Marcial

    Parlamentares da Coreia do Sul votaram para bloquear o decreto da Lei Marcial anunciado pelo presidente Yoon Suk Yeol na terça-feira (3).

    A moção para anular a medida teve 190 votos a favor e zero contrários — há 300 assentos na Assembleia Nacional.

    Pela lei sul-coreana, o presidente é obrigado a cumprir a votação.

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