Por que furacões e tempestades têm nome de pessoas? Entenda
Nomenclatura respeita determinação internacional e facilita comunicação entre autoridades e a população
A OMM (Organização Meteorológica Mundial) alertou nesta terça-feira (28) sobre condições catastróficas na Jamaica com a chegada do furacão Melissa.
São esperadas rajadas de vento superiores a 300 km/h, inundações repentinas e deslizamentos de terra.
Especialistas antecipam uma situação catastrófica no país, marcando a pior tempestade a atingir a ilha neste século.
A temporada de tempestades no Atlântico registra, em média, sete furacões por ano -- do início de junho ao fim de novembro.
Cada um desses sistemas de baixa pressão tem um nome próprio. O objetivo de batizar as tempestades é facilitar a comunicação entre as autoridades e a população.
Essa foi uma estratégia adotada a partir da década de 1950. Até então, eles eram identificados pelo ano e pela ordem em que ocorriam.
No auge da temporada de furacões, entretanto, se tornava comum a confusão na maneira como a população recebia as determinações do governo.
E a falta de clareza era terreno fértil para a divulgação de mentiras relacionadas às tempestades.
Com o tempo, segundo o Serviço Nacional do Clima dos EUA, "aprendeu-se que o uso de nomes curtos e fáceis de lembrar em comunicações escritas e faladas é mais rápido e reduz a confusão quando duas ou mais tempestades tropicais ocorrem ao mesmo tempo".
Do início da década de 1953 até 1979, os nomes de tempestades e furacões eram exclusivamente femininos nos Estados Unidos. Nomes masculinos só passaram a ser usados em 1979 para identificar os fenômenos surgidos no Atlântico.
A margem de escolha dos nomes, entretanto, é curta.
Há um procedimento rigoroso criado pela Organização Meteorológica Mundial que define uma lista rotativa de nomes de furacões.
A lista é válida por seis anos. E qualquer mudança na ordem só é permitida quando uma tempestade causar mortes ou custos financeiros extraordinários.
Nesses casos, escolhe-se um nome diferente, que não entra na lista rotativa.
Veja lista de furacões mais mortais da história dos EUA
Um ranking elaborado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA mostra os furacões mais mortíferos dos Estados Unidos.
Veja abaixo a lista de furacões que causaram mais mortes nos EUA desde 1851*:
- Galveston, Texas – 1900 – entre 8 mil e 12 mil mortes
- Southeastern, Flórida – 1928 – entre 2,5 mil e 3 mil mortes
- Louisiana/Mississippi (Furacão Katrina) – 2005 – 1.392 mortes
- Louisiana – 1893 – entre 1,1 mil e 1,4 mil mortes
- Carolina do Sul/Geórgia – 1881 – 700 mortes
- Louisiana/Texas (Furacão Audrey) – 1957 – 416 mortes
- Florida Keys – 1935 – 408 mortes
- Louisiana – 1856 – 400 mortes
- Flórida – 1926 – 372 mortes


