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    Sean ‘Diddy’ Combs propõe fiança de US$ 50 milhões, tem ordem de silêncio negada

    Rapper está detido há oito semanas sob acusações criminais de tráfico sexual

    Luc CohenJonathan Stempelda Reuters

    O rapper Sean “Diddy” Combs propôs na sexta-feira (8) o pagamento de uma fiança de 50 milhões de dólares, garantido por sua mansão na Flórida.

    Ele espera conseguir sua liberação da prisão no Brooklyn, onde está detido há oito semanas sob acusações criminais de tráfico sexual.

    Combs teve a fiança negada três vezes desde sua prisão, com múltiplos juízes citando o risco de que ele pudesse tentar manipular testemunhas.

    O rapper e produtor se declarou inocente em 17 de setembro das acusações de que teria usado seu império empresarial, incluindo sua gravadora Bad Boy Entertainment, para transportar mulheres e trabalhadores sexuais masculinos entre estados, para participar de performances sexuais gravadas chamadas de “Freak Offs”.

    O juiz distrital Arun Subramanian, responsável pelo caso criminal, negou o pedido de Combs de uma ordem de silêncio que impediria seus acusadores de falarem publicamente sobre o caso.

    Os advogados de Combs argumentaram que cerca de 30 processos civis que o acusam de má conduta ou abuso estavam interferindo com o direito a um julgamento justo.

    Combs, de 55 anos, nega qualquer irregularidade, e seus advogados argumentam que as atividades sexuais descritas pelos promotores foram consensuais.

    Em um documento judicial de sexta-feira, a advogada de defesa Alexandra Shapiro pediu que Subramanian liberasse Combs sob a fiança de 50 milhões de dólares, garantida por sua casa de 48 milhões de dólares em Miami e assinada por vários membros de sua família.

    Shapiro também propôs que Combs fosse monitorado 24 horas por dia por seguranças, submetido a prisão domiciliar e proibido de ter contato com vítimas ou testemunhas. Seu julgamento está marcado para 5 de maio.

    Ao buscar fiança, Shapiro disse que novas evidências minaram parte da justificativa da promotoria para deter Combs. Ela disse que as evidências trouxeram uma nova perspectiva sobre um vídeo de câmera de segurança de um hotel que mostra Diddy agredindo fisicamente a ex-namorada Casandra Ventura, conhecida como Cassie, em 2016.

    “O vídeo não é evidência de um ‘freak off’ forçado, mas sim um vislumbre de minutos de um relacionamento consensual complexo, de mais de uma década”, escreveu Shapiro.

    Shapiro também disse que é impossível para Combs se preparar para o julgamento atrás das grades por causa da quantidade “incrivelmente volumosa” de material para revisar, especialmente sem um laptop. Ela também disse que sua preparação foi prejudicada pelas condições na prisão, incluindo bloqueios frequentes e até mesmo policiais tirando as canetas que ele usa para fazer anotações.

    A detenção está privando Combs de “qualquer oportunidade real” de estar pronto para o julgamento, violando seus direitos sob a Constituição dos EUA, disse Shapiro.

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