Trump desiste de abolir Agência de Gerenciamento de Emergências, diz jornal
Presidente disse anteriormente querer que estados fossem os principais responsáveis pela resposta a desastres

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desistiu de abolir a FEMA (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências), informou o jornal americano The Washington Post, nesta sexta-feira (11), antes da visita do líder ao estado do Texas, atingido por enchentes.
Nenhuma ação oficial estava sendo tomada para acabar com a FEMA, e as mudanças na agência provavelmente se resumiriam a um “rebranding” que enfatizaria os papéis dos líderes estaduais na resposta a desastres, informou o veículo, citando um alto funcionário da Casa Branca.
A agência de notícias Reuters não pôde verificar a reportagem e a Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump, que já havia pedido o fechamento da FEMA, visitará o Texas nesta sexta-feira, depois que inundações varreram partes do Texas Hill Country, mataram pelo menos 121 pessoas, e deixaram mais de 160 desaparecidas.
Trump sempre disse querer que os estados fossem os principais responsáveis pela resposta a desastres. No entanto, quando perguntado por um repórter no domingo (6) se ele ainda planejava eliminar a FEMA após as enchentes no Texas, o presidente respondeu que esse era um assunto sobre o qual “podemos falar mais tarde”.
“O presidente entregou imediatamente os dólares, o Texas já tem esse dinheiro em suas mãos e o governador (Greg) Abbott é o principal tomador de decisões no que diz respeito às enchentes no Texas”, disse o funcionário da Casa Branca ao jornal.
“É de se esperar que essa estrutura, que vem ocorrendo discretamente, continue”, acrescentou o funcionário, conforme o veículo.
Trump assinou uma declaração de desastre para o Texas no domingo para liberar ajuda federal para as pessoas afetadas.
As enchentes no Texas, o primeiro grande desastre mortal desde que o líder americano assumiu o cargo em janeiro, prometendo destruir ou abolir a FEMA, foram um lembrete claro do quanto os estados dependem da agência durante uma crise.