Pastor é suspeito de abuso virtual contra adolescente em Goiás

Homem aproveitou momento de fragilidade da garota para solicitar fotografias de cunho sexual

Thomaz Coelho e Victória Silva, da CNN*, em São Paulo
Jovem de 14 anos chegou a encaminhar fotos de algumas partes do corpo  • Divulgação/Polícia Civil de Goiás
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Um pastor, identificado como Gilvan Gonçalves dos Santos, é investigado pela Polícia Civil de Goiás pelo estupro virtual de uma adolescente de 13 anos. O homem teria aproveitado um momento de tristeza e depressão da menina para coagir a vítima e induzi-la a mandar fotografias de cunho íntimo e sexual.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Adriana de Valparaíso, o homem entrou em contato com a jovem para falar sobre questões religiosas e voltadas à igreja. Ele conversava com a menina há cerca de 1 mês, “falando que queria ungi-la e passar óleo de cura no seu corpo”.

A autoridade policial ainda informou que ele tentava marcar encontros com a adolescente, se aproveitando do momento difícil que ela estava passando. A menor percebeu o teor das mensagens, constatando que os diálogos não eram saudáveis e, por isso, comunicou a sua mãe.

“Gilvan tentou fazer várias ligações por video-chamada, pediu fotografias de suas calcinhas, de suas pernas, de seus braços, e com isso a adolescente teve a maturidade de conversar com a sua genitora e mostrar o que estava acontecendo”, afirmou a delegada.

A vítima chegou a encaminhar fotos, não fotos íntimas, mas de algumas partes do seu corpo. Gilvan conseguiu persuadi-la com a justificativa de que, ao mandar as imagens, ela teria uma espécie de benção.

Tendo em vista a idade da menor, 13 anos, a polícia configurou o crime como estupro de vulnerável na modalidade virtual. O homem segue foragido até o momento da publicação desta matéria.

Caso anterior

A Polícia Civil levantou dados no sistema sobre o suspeito e descobriram que ele já havia abusado sexualmente de uma garota de 10 anos, no ano de 2022. Ele utilizou o mesmo modus operandi, fotografando as partes íntimas dela.

“Essa menina estava aos seus cuidados, porque havia um acordo da família para que a cuidadora, no caso, uma parente dele, olhasse essa menor. Ele aproveitou o ambiente doméstico para tocar na menor, bem como para fotografá-la”, disse Adriana sobre a vítima anterior.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo