Coppolla: seria injusto culpar toda a categoria por greve contra volta às aulas

Professores da rede pública do Rio de Janeiro decidiram fazer greve contra o retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais e municipais

Da CNN, em São Paulo
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Os professores da rede pública do Rio de Janeiro decidiram fazer greve contra o retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais e municipais. A categoria pede que os profissionais de educação façam parte do grupo prioritário e sejam vacinados contra a Covid-19. O calendário da rede municipal prevê a volta às aulas no dia 24 de fevereiro. Na rede estadual, o retorno está marcado para 1º de março.

No quadro Liberdade de Opinião, do Visão CNN desta segunda-feira (1º), o comentarista Caio Coppolla avalia a decisão.

“Vamos fazer uma distinção preliminar. A decisão não é “dos professores”, mas do órgão colegiado de um sindicato dos professores, em decisão não unânime, em uma assembleia online, que envolveu algumas poucas centenas de participantes. Portanto, colocar essa responsabilidade nas costas de toda a categoria é impróprio e injusto. A maioria dos profissionais da educação ainda tem mais vocação para o ensino do que para a política e sabe do crime que está sendo cometido contra a educação brasileira nessa pandemia”, disse.

“E salta aos olhos o caráter partidário dessa medida radical, que é criar mais pressão social pela vacinação em massa, com a consciência de que esta é uma realidade que ainda está alguns meses distante. Fora isso, chega a ser cômico o fato de se fazer uma greve depois de praticamente ficar sem trabalhar por quase um ano, recebendo em dia, enquanto a maioria das famílias brasileiras empobrecia e as crianças do sistema público emburreciam em casa.”

O Liberdade de Opinião tem a participação de Caio Coppolla e Rita Lisauskas. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

 Caio Coppolla no quadro Liberdade de Opinião

Caio Coppolla no quadro Liberdade de Opinião
Foto: CNN (01.fev.2021)

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.