Enel rejeita acordo de indenização por apagão em SP

Ministério Publico vai cobrar na Justiça reparação às vítimas pela falta de energia

Caio Junqueira, da CNN, São Paulo
Árvore caída na rua após temporal em São Paulo
Funcionários da prefeitura e da Enel, trabalham na retirada de uma árvore que caiu sobre fios na zona Sul de São Paulo e interrompeu o fornecimento de energia elétrica  • ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A Enel rejeitou a assinatura de um acordo com o Ministério Público de São Paulo para indenizar as vítimas do apagão em São Paulo.
A informação foi confirmada a CNN pelo promotor do Consumidor Denilson de Freitas. "A Enel manifestou o desinteresse na celebração do TAC", disse o promotor a CNN.
Agora, o MP deve ajuizar na próxima semana uma ação cobrando a indenização.

Ele vinha negociando com a empresa o TAC. O MP havia pedido que a Enel fechasse um Termo de Ajustamento de Conduta que previa pagamento de indenizações a 2 milhões de pessoas que foram prejudicadas pela falta de energia após o apagão ocorrido no dia 3 de novembro. O acordo previa a ampliação de investimentos na cidade.
Os termos de acordo foram passados a representantes da Enel no dia 7 e a empresa tinha 15 dias para se manifestar.

Em relação ao termo de ajuste de conduta proposto, a companhia informa que, em resposta ao ofício do Ministério Público, esclareceu que o evento climático intenso que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi um evento de força maior, de tamanha dimensão que tornou impossível que a empresa evitasse os danos sobre a rede elétrica na área de concessão. A companhia acrescenta que anunciou uma medida de apoio, em caráter excepcional, aos clientes beneficiados com a tarifa social que ficaram mais de 48horas sem energia, além de eletrodependentes previamente cadastrados na distribuidora.