Ex-funcionário é autor de ataque hacker à empresa na Embaixada da Alemanha, conclui polícia
Polícia Civil do DF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do investigado nesta terça-feira (12)
A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, nesta terça-feira (12), que um ex-funcionário de uma empresa alemã que funciona na Embaixada da Alemanha foi o responsável por uma invasão a um sistema da empresa para roubar documentos confidenciais, em julho deste ano.
Inicialmente, a PCDF havia informado que o caso seria na Embaixada da Alemanha, mas a informação foi corrigida. Trata-se de uma empresa alemã que funciona dentro da embaixada sob o guarda-chuva do governo alemão. A informação foi complementada nesta quarta-feira (13).
Segundo a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o investigado, após ser demitido da empresa, usou indevidamente as credenciais de acesso para pegar os documentos, incluindo dados administrativos e informações sensíveis do local.
A polícia também aponta que posteriormente o ex-funcionário divulgou o material para centenas de funcionários por meio de um e-mail anônimo.
Após chegar à autoria do e-mail, a PCDF cumpriu nesta terça-feira (12) mandado de busca e apreensão na casa do ex-funcionário.
Durante as buscas, a equipe localizou, em um equipamento eletrônico do investigado, os arquivos previamente furtados da embaixada. Todo o material apreendido passará por perícia.
Segundo a polícia, o autor confessou ter praticado o crime em depoimento, e disse que cometeu por conta do seu desligamento.
As investigações foram iniciadas após a representação do escritório de advocacia da empresa alemã detectar o ataque cibernético que resultou na exfiltração massiva dos dados sigilosos institucionais. O advogado da empresa entregou relatório com os dados do ex-funcionário.
O investigado responderá pelo crime de invasão de dispositivo informático, qualificado por serem documentos sigilosos, com causa de aumento em razão da divulgação, com pena máxima de 5 anos.
Nota Embaixada
Os acontecimentos não se referem à Embaixada da Alemanha. Nem funcionários e nem dados da Embaixada estão envolvidos.
Correção PCDF
Após ser acionada pela CNN, a PCDF emitiu um nota de correção das informações divulgadas anteriormente sobre o caso:
Nota de Esclarecimento
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), esclarece que as informações sobre o vazamento de dados se referem a um escritório anexo à embaixada, conforme consta em notícia-crime apresentada pelo advogado do referido escritório.
Até o momento, as investigações indicaram que o investigado, um ex-funcionário do escritório, realizou exfiltração de expressiva quantidade documentos sigilosos, os quais foram enviados para mais de 300 pessoas. As diligências prosseguem com o objetivo de esclarecer a natureza e a origem exata desses documentos, bem como a possível participação de outros envolvidos.
O suspeito foi ouvido hoje, 13, na unidade policial e confessou o vazamento dos dados e o envio dos documentos sigilosos para terceiros.
Atenciosamente,
Assessoria de Comunicação da PCDF