Jovem que ganhou Guinness por memorização usava técnica para estudar matemática
Morador de Belo Horizonte, Maike Anthony dos Santos Silva memorizou 10.122 dígitos
O estudante de Belo Horizonte Maike Anthony dos Santos Silva, 17 anos, contou à CNN neste domingo (21) sua técnica para vencer o Guinness World Records de memorização. Ele conseguiu se lembrar do maior número de casas decimais, com 10.122 dígitos.
Maike explica cujo objetivo era ganhar a medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). Estudando para a matéria, começou a ler livros sobre cálculo mental, onde descobriu as técnicas de memorização e se interessou.
Para treinar, ele passou a memorizar várias coisas, como os 3.141 dígitos do pi, todos os países do mundo e suas capitais e toda a tabela periódica, que acabou sendo publicada em seu canal do YouTube.
“O que me inspirou a tentar quebrar um recorde do Guinness World Records foi a quantidade de casas decimais. Além da memorização de números ser uma ótima forma de treinar a memória, quebrar esse recorde exigiria muito das minhas habilidades e, portanto, seria um ótimo desafio”, expõe.
A preparação começou no dia 27 de fevereiro do ano passado. Primeiramente, Maike memorizou 1.008 dígitos por nove dias e depois, 1.050.
“Após a memorização, eu dividia meus dias entre estudos e recitação dos dígitos. Costumava gravar minha voz falando todos os algarismos e ouvir o áudio posteriormente para corrigi-los”, continua.
O estágio de solidificação continuou até o dia da tentativa, em 6 de fevereiro, que durou duas horas e vinte minutos. “No dia da tentativa, estava bem ansioso, mesmo depois de já ter treinado bastante, mas felizmente tudo saiu como o esperado.”
Ele estava em uma sala, onde estava sendo gravado, falando os números, sem poder ter qualquer tipo de interrupção. Todos os dígitos precisam ser corrigidos por duas testemunhas e cronometrado por um cronometrista.
Não pode haver uma pausa maior que 15 segundos entre um dígito e outro. Caso haja algum erro, o recordista precisa se corrigir antes de dizer o próximo número.
“Porém isso não foi preciso no meu caso, pois recitei todos os dígitos corretamente de primeira”, afirma.
Seu sonho é cursar matemática em alguma universidade nos Estados Unidos.