MJ cumpre 125 mandados no Brasil e no exterior contra exploração sexual infantil
Mais de 500 policiais civis e agentes de aplicação da lei foram mobilizados para a décima edição da Operação Luz na Infância
O Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou, nesta terça-feira (6), uma megaoperação para combater a exploração sexual infanto-juvenil na internet. Mais de 500 policiais civis e agentes de aplicação da lei foram mobilizados para a décima edição da Operação Luz na Infância. Os agentes cumpriram 125 mandados de busca e apreensão.
No Brasil, participam da operação os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio De Janeiro, Rio Grande Do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso Do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal. No exterior, forças da Argentina, Estados Unidos, Panamá e Equador também se mobilizaram.
Segundo o ministério, o principal objetivo das ações é reprimir crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Entretanto, de acordo com Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da pasta, o enfrentamento à exploração sexual infantil não deve ser feito só pela polícia.
“Papai e mamãe acompanhem seu filho online. Em épocas que está todo mundo conectado, em época de muita coisa online, presta atenção no que seu filho está fazendo, quem são os amigos dele, com quem ele está mantendo o contato online. Tem muito predador usando perfis online para convencer crianças e adolescentes a mandar conteúdo adulto. Para enganar as crianças”, disse, em coletiva de imprensa.
Desde que a primeira edição foi lançada, em 2017, foram cumpridos 1.922 mandados de busca e apreensão e realizadas 946 prisões em flagrante. Só na penúltima fase da operação, foram cumpridos 163 mandados de busca e apreensão e outras 73 prisões em flagrante.
Cooperação internacional
O ministério afirma que também houve a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Homeland Security Investigations (HSI), que ofereceu cursos, compartilhamento de boas práticas e capacitações.
Além disso, as forças policiais contaram com a ajuda do laboratório Ciberlab, que teve o papel de assessorar as investigações no país. “A partir dos desdobramentos, as polícias mapeiam suspeitos ou organizações criminosas, coletam a materialidade do crime e elementos que se desdobram em pedidos de busca e apreensão ou prisão dos autores”, explicou o Ministério.
“O trabalho integrado é um caminho para enfrentar esse tipo de criminalidade, principalmente por está entrando para o ciberespaço”, afirmou Alessandro Barreto.