MP recorre de decisão da Justiça que manteve Elize Matsunaga em liberdade
Condenada por matar o marido em 2012 responde a um inquérito por uso de documento falso no interior de SP
O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão que manteve Elize Matsunaga em liberdade. Ela responde a um inquérito por uso de documento falso.
O MP tinha pedido na Justiça, na última segunda-feira (6), que a assassina confessa de Marcos Matsunaga voltasse à prisão por ter violado as regras da condicional.
No entanto, a Vara de Execuções Criminais da cidade de Franca tomou decisão contrária ao primeiro pedido do Ministério Público.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que Elize tem cumprido as condições que lhe foram impostas e que o trâmite do processo na Comarca de Sorocaba está em fase inicial, sem condenação.
No fim do mês passado, a polícia apreendeu o celular e um computador de Elize, que prestou depoimento. A suspeita é de que ela teria usado um documento de antecedentes criminais falso para conseguir um emprego.
Atualmente, ela trabalha como motorista de aplicativo. Em nota, a empresa disse que exige dos condutores, todos maiores de 18 anos, a Carteira Nacional de Habilitação, um veículo em bom estado e com documentos em dia.
“Elize Araújo Giacomini (nome de solteira que ela voltou a usar) cumpre todos os requisitos e, além disso, tem boa avaliação e nenhuma reclamação no app”, diz o texto.
Em 2012, Elize Matsunaga matou o marido, então diretor-executivo da indústria de alimentos Yoki, no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulistana.
Em depoimento, ela confessou o crime e disse que teria descoberto um relacionamento extraconjungal do marido.
Então, durante uma discussão, atirou no empresário. Em seguida, esquartejou o corpo e o deixou em vários pontos da cidade.
Denunciada por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver, Elize foi condenada a mais de 19 anos de prisão, tendo cumprido 10.
Ela deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé em 2022, depois que uma decisão judicial concedeu liberdade condicional.