Mulher negra leva soco no rosto durante abordagem da PM em Macapá
Policial militar dá rasteira e depois prende a mulher pelo pescoço e a derruba no chão
Um vídeo amador gravado em Macapá, no Amapá, registrou o momento em que uma mulher negra é agredida por um policial militar. As imagens circulam pelas redes sociais. Nelas, é possível ouvir a voz da mulher, que assiste à abordagem de dois homens. “Aqui na porta da minha casa, fazendo tudo isso que a gente está vendo”, diz. Em seguida, um dos policiais lhe dá voz de prisão e outro a pega pelo braço.
A mulher não resiste ou tenta fugir. O PM a coloca contra um carro estacionado na rua e lhe dá uma rasteira, mas ela não cai. Depois disso, o policial a prende pelo pescoço e a derruba no chão. Nas imagens, é possível ver que a mulher não tenta resistir, mas segue com seu celular nas mãos. Então, enquanto ela ainda está no chão, o policial lhe dá um soco no rosto, ela grita e o vídeo chega ao fim.
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O governador do Amapá, Waldez Góes, se manifestou pelo Twitter neste domingo (20), afirmando ter pedido que os fatos sejam apurados. “Cenas como essa não podem ser toleradas e não podem se repetir”, declarou Góes.
A mulher agredida no vídeo é Eliane da Silva, coordenadora pedagógica em uma creche da cidade. Ela contou à CNN que a agressão ocorreu após a polícia abordar seu marido e um amigo dele, de forma também truculenta, na porta de sua casa.
Eliane começou a gravar a abordagem quando, após acusar a violência dos agentes, foi derrubada no chão por um deles.
Ela afirmou não saber o motivo da abordagem inicial aos dois homens.
Leia a íntegra da nota:
“As imagens que circulam nas redes sociais, de um policial militar agredindo covardemente uma cidadã, envergonham as forças de segurança e o Estado do Amapá. A cena fica ainda pior pois é recheada de atitudes racistas.
Nossa polícia é historicamente admirada e reconhecida pelo respeito aos cidadãos e tenho certeza absoluta que esse fato é isolado e não reflete a atuação dos milhares de pais e mães de família que diariamente vestem uma farda e se dedicam a proteger e servir nossa população.
Determinei ao Comando Geral da Polícia Militar uma apuração criteriosa e rápida dos fatos mostrados no vídeo. Cenas como essa não podem ser toleradas e não podem se repetir.”
(Com informações de Carolina Figueiredo)